sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Morre lentamente de Pablo Neruda

 Morre lentamente quem não viaja, Quem não lê, Quem não ouve música, Quem destrói o seu amor-próprio, Quem não se deixa ajudar. 

 Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, Repetindo todos os dias o mesmo trajecto, Quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece. 
 Morre lentamente quem evita uma paixão, Quem prefere O "preto no branco" E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, Justamente as que resgatam brilho nos olhos, Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. 
 Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, Quem não se permite, Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. 
 Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante, Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece E não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o Simples acto de respirar. 
 Estejamos vivos, então!» 
 Pablo Neruda


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