quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Manifesto anti americano (por Carmem Lucia Felgueiras)

CARMEN LUCIA FELGUEIRAS É PROFESSORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE E AUTORA DA TESE “O FUTURO E SUAS ILUSÕES: OS ESTADOS UNIDOS DE MONTEIRO LOBATO E EDUARDO PRADO”
Manifesto anti-americano


Livro confiscado por Floriano Peixoto condenava o “servilhismo voluntário”do Brasil com os EUA no início da República.
Na recém-proclamada República, o livro de um monarquista que atacava os Estados Unidos acendeu o alerta vermelho do governo. Não tardou muito até que, em 1893, a obra, intitulada A ilusão americana (1890), fosse proibida e confiscada por ordem do presidente Floriano Peixoto, conhecido como “Marechal de Ferro”. O autor, Eduardo Prado (1860-1901), teria sido preso não fosse uma romanesca e arriscada fuga pelos sertões de Minas Gerais e Bahia. De Salvador, ele conseguiu embarcar em um navio para o autoexílio na Europa.



No ensaio, o alvo principal da crítica e até mesmo da indignação de Prado era o “servilismo voluntário” a que se prestava a República brasileira ao imitar os EUA. Um exemplo disso, segundo o autor, seria a cópia da bandeira e da Constituição norte-americanas pelos republicanos. José do Patrocínio (1853-1905), no dia da Proclamação, chegou a hastear oficiosamente uma bandeira republicana, calcada sobre a norte-americana, apresentando faixas horizontais alternadamente verdes e amarelas. A inspiração na carta dos Estados Unidos resulta, para ele, na perda da identidade nacional. Em trecho da obra, afirma que “o furor imitativo dos EUA tem sido a ruína da América”. A melhor maneira de combater esse problema seria seguir as leis de desenvolvimento histórico de cada sociedade. No Brasil, estas levariam à continuidade da tradição monarquista.



Proveniente de uma família da elite cafeeira paulista, Eduardo era o mais europeizado Prado de sua geração. Filho de D.Viridiana, era parte de um clã do qual saíram várias figuras públicas, como o irmão, Antonio, conselheiro do Império, e o sobrinho Paulo, autor de Retrato do Brasil (1928). Intelectual e bacharel em Direito, era membro da Academia Brasileira de Letras e homem de negócios.

Ele era alguém determinado a defender seus ideais políticos. Antes mesmo de publicar A ilusão americana, o autor já reunira vários artigos contra o regime republicano em Os fastos da ditadura militar. A proclamação da República, em 1889, só fez avivar a necessidade de defender sua ordem social de referência, a “idade de ouro”, em suas palavras. Comprou até o jornal O Comércio de São Paulo, em 1895. Queria denunciar escândalos sobre membros do governo e comprovar violações das liberdades públicas e privadas.



O violento ataque de Eduardo Prado à política externa americana teve como uma de suas bases um estudo sobre as relações internacionais do país entre 1823 e 1892 – época de vigência da Doutrina Monroe. Prado queria deixar claro que “por trás” das declarações de defesa dos ideais de fraternidade e cooperação pan-americanos, a Doutrina Monroe, anunciada pelo presidente James Monroe (1815-1825), mesmo estabelecendo uma política de não intervenção recíproca com a Europa, pretendia, de fato, reservar a América para si, e os Estados Unidos sempre agiram do modo como, na época, preconizava Theodore Roosevelt (1901-1909), falando suavemente e com um porrete na mão.

Prado apresenta os EUA como um inimigo político do Brasil, uma ameaça que lesaria a economia nacional e não oferecia valor cultural ou estético algum. A ausência de identidade entre os dois povos – formação e constituição com disparidades profundas em raça, religião, índole, língua, história e nas tradições – foi mais do que ressaltada pelo autor.



As consequências nocivas da política de boa vizinhança, invisíveis para republicanos brasileiros como Benjamin Constant (1836-1891), estão descritas em A ilusão americana: “Os brasileiros devem aceitar a lição, e sejam quais forem as fatalidades do momento, saibam eles repelir o estrangeiro que só conseguirá aviltar o país que aceitar os seus serviços”. A crença de que “os Estados Unidos não consentem na América outro governo, senão o republicano”, revoltava Eduardo Prado.



A reação negativa do governo federal ao livro não foi à toa. O ataque à política externa brasileira e à diplomacia americana atingia a aliança entre Floriano e jacobinos, patriotas exacerbados, fundada em uma ideia de solidariedade continental, contra uma possível intervenção europeia a favor da Armada e dos federalistas.



A crescente hegemonia norte-americana no continente preocupava Eduardo Prado. As insurreições com ideias republicanas, como a Confederação do Equador (1824), a Revolução Farroupilha (1835-1845) e a Revolução Praieira de 1849, eram uma prova dessa influência. Também o México e a Colômbia foram espoliados, a pretexto da ajuda dos EUA a esses países contra a hostilidade espanhola.



Em A ilusão americana, Eduardo Prado manifesta ainda o repúdio à doutrina liberal e ao uso político das alegadas intenções fraternas norte-americanas. Para ele, as atitudes “vis” dos governos norte-americanos provavam sua total ausência de fraternidade. Assim, argumentava, o modelo de sociedade com igualdade universal fundado pelos Estados Unidos era inviabilizado por eles próprios.



Como, por exemplo, a reclamação dos EUA contra a atitude brasileira de permitir que os revoltosos do sul escravagista durante a Guerra Civil americana (1861-1865) se reabastecessem de água e carvão por aqui. No livro, Prado defende a política externa do império brasileiro e afirma que a conduta da União foi correta, já que o “reconhecimento dos insurgentes como beligerantes é cousa muito das tendências do direito internacional moderno. É uma medida aconselhada pelos próprios interêsses da humanidade. O título de beligerante confere certos direitos; mas, a êsses direitos correspondem certos deveres que, a bem de todos, devem ser cumpridos pelos beligerantes”.



A atitude dos Estados Unidos com o Peru também é exemplar, mostrando bem o comportamento condenado por Prado. Quando foi consolidada a república peruana, de 1821 a 1860, os EUA estavam envolvidos com o contrabando de guano, fertilizante responsável pelo sustento da economia do país sul-americano. Assim que o governo do Peru pressionou os americanos a pagar indenizações para compensar o prejuízo que tinham causado, eles se recusaram. Quando se trata de defender seus interesses, diz Prado, os Estados Unidos não respeitam convenções, acordos ou tratados, apenas redefinem quem é ou não seu amigo.



No fim da leitura de A ilusão americana, é possível notar como o autor sabia se mover no campo político e estava distante da imagem do homem cosmopolita alheio às questões nacionais.



A pedido de amigos, entre eles o também monarquista barão do Rio Branco (1845-1912), Eduardo Prado chegou a dar um voto de confiança à pacificação política prometida por Prudente de Morais (1894-1898), o primeiro presidente civil brasileiro. Depois de reconhecer a impossibilidade da Restauração do velho regime, o intelectual atuava no partido monárquico como força de oposição à República e procurava influir na política econômica do novo governo por intermédio de Rui Barbosa, a quem, igualmente vítima do florianismo, acolhera no exílio europeu.



Os propósitos imediatos de Eduardo Prado fracassaram, mas até hoje seu texto é lido como uma lúcida análise da política dos primeiros anos da República, e também como uma advertência contra os riscos de um alinhamento irresponsável com potências imperialistas. Não só isso: tratava-se de um intelectual preocupado em compreender, quer por contraste, quer por semelhança, a singularidade do Brasil como nação, na melhor tradição do nosso pensamento social.



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sobre as Origens da República (Segundo Emilia Viotte da Costa)





* Versão dos Contemporâneos:

Para os contemporâneos ao fato, o calor da hora trás uma versão superficial e deformada dos fatos, porque este, se empolga e coloca suas paixões e sentimentos a frente de sua capacidade de análise.

Uma regra, seria submeter a documentação a uma Crítica rigorosa (embora nem sempre é cumprida).

A maior dificuldade é quando se trata de situações que dão margem a se colocar em posições contrarias, como em processos Revolucionários, Reformas políticas, sociais ou econômicas. Dificultando e complicando o trabalho do historiador. O problema não é optar por esta ou aquela, é preciso ter compromisso e buscar documentos mais objetivos. Para que se possa entender um golpe de Estado ou Revolução é preciso ter formações econômicas, sociais e instrucionais. Não basta conhecer os homens e apenas saber suas opiniões e participações, é preciso buscar além da aparência, as razões de ordem estrutural que escapam a consciência dos contemporâneos.

* A República vista pelos republicanos:

Neste caso, são traçados duas linhas de interpretações: Os vencedores e os Vencidos, ou seja, Republicanos e Monarquistas.

Os primeiros afirmam que a República sempre foi uma aspiração nacional. Eles criticam a centralização excessiva do governo monárquico.

Emília Viotte mostra que os males do Império advinham menos do Imperador do que da instituição de que ele foi ao mesmo tempo o representante. Pois o poder do imperador é incontestável, enquanto que os homens públicos eram instrumentos de fácil manejo. Sendo assim o Imperador fez o governo que quis e os manteve o tempo que bem entendeu.

Ao analisar a origem da idéia republicana, afirma que a monarquia brasileira estava isolada na América e não tinha bases no Brasil. Atribui aos republicanos o papel principal na proclamação da República e aos militares um papel não só secundário, como acidental.

Entre os fatores da Proclamação da República, vista pelos republicanos, temos:

- transição para um regime de trabalho agrícola e industrial;

- propaganda em prol da República promovida por meio de livros, jornais e revistas;

- corrupção política e a deficiente administração do Império.

Quanto a questão militar, ao assumir a liderança do movimento, o Exército foi veículo das aspirações populares: o povo selecionado no Exército foi o grande operário do movimento. Acusa o Imperador de ter governado só para dominar e dividir governar através de golpes de Estado, com o intuito evidente de anular os partidos.

Os Republicanos consideravam a Monarquia o regime de corrupção e de arbítrio, de violência e de injustiças sobretudo do governo do Poder Pessoal, e alheio aos interesses do povo.

Ao tentar a reconstituição da história do período exagera o papel da Coroa, atribuindo-lhe uma atuação muito maior do que ela poderia de fato ter, por todos os males, como se a vontade de um só homem pudesse explicar o processo histórico.

Encontra-se no estudo de Felício Buarque, a maioria das explicações que os historiadores deram para a proclamação da República. A sua versão de um republicano com a qual evidentemente não concordavam os monarquistas.

* Versão dos Monarquistas

Logo após a proclamação da república, a voz dos monarquistas foi abalada pela euforia dos republicanos. Mas a versão dos monarquistas não desapareceu. Segundo eles a proclamação da República não passava de um levante militar, alheio à vontade do povo.

E o regime monárquico dera ao país setenta anos de paz interna e externa, garantindo a unidade nacional, o progresso, a liberdade e o prestígio internacional. Segundo eles o Império não foi a ruína, e sim a conservação e o progresso. Pois durante meio século se manteve íntegro, tranqüilo, e unido ao território colonial. Fizeram de uma nação atrasada e pouco populosa, uma grande e forte nacionalidade, uma verdadeira potência sul americana, considerada e respeitada em todo o mundo.

Esta foi a opinião tanto de monarquistas, quanto de “desiludidos da República”, que na ocasião, eram muitos. E Idealizavam o passado e com olhos pessimistas observavam o presente que lhe afigurava uma época de desmandos e confusão.

* Um testemunho menos comprometido

Ao lado dessas interpretações, surgiram outras menos comprometidas e por isso menos serenas. No livro: Cartas ao Brasil, de Max Leclerc; o francês registra que no Brasil, a revolução terminou e ninguém discute a seu respeito, e um presidente foi feito a força. Deodoro não era contra a Monarquia, só queria derrubar um ministério hostil (Ouro Preto). Falara-se de cumplicidade dos fazendeiros, mas a verdadeira cumplicidade era a do silêncio e da força de inércia. Ele atribui a queda da monarquia ao fato de o poder estar concentrado nas mãos do imperador que envelhecera perdendo o controle da situação, Mas se refere as causa como meramente circunstanciais.

Alguns historiadores procuravam se posicionar de acordo com ambas as versões, ora dando crédito aos republicanos, ora aos monarquistas, tentando conciliar as contradições.

* Os conflitos dos primeiros anos da República e uma nova perspectiva historiográfica.

Os representantes do setor progressista da lavoura cafeeira, e representantes dos profissionais liberais e militares (estes últimos sempre eram chamados a fim de por ordem aos movimentos), nem sempre tinham as mesmas aspirações, sendo assim as divergências que os dividiam repercutiam em conflitos no Parlamento. Os descontentamentos se multiplicavam sendo impossível manter a paz, com tanta instabilidade e busca pela liderança. Este fato causou aos monarquistas uma esperança de restauração.

Neste momento estávamos vivendo a “política dos governadores”. Um agitado período também chamado de “Rep. Da Espada”. Onde o paulista Prudente de Moraes, sucedido por outro paulista Campos Salles, que conseguiu uma relativa calma no cenário político. Entregando os Estado a o domínio das oligarquias locais, concedendo autonomia plena dos assuntos regionais. As oligarquias imperavam, mas o seu domínio não se exercia sem resistência dos grupos minoritários. As oligarquias que dominavam nos vários Estados lutavam entre si no plano federal, onde freqüentemente se opunham à oligarquia paulista.

Em São Paulo, houve uma divisão desde os primeiros anos da república, por oposição a política dos governadores, assim como o estreitamento das relações com os Estados Unidos, no tratado de reciprocidade comercial com o Brasil, publicado em 1891.

Em 1994, Eduardo Prado fazia publicar “A Ilusão Americana”, uma espécie de contestação aos argumentos dos que pleiteavam uma aproximação maior com os Estados Unidos. (obra que comentava as repercussões daquele tratado no Brasil, onde muitas firmas tinham sido prejudicadas com a medida).

O governo americano isentava o café e certos tipos de açúcar de direitos de importação, mas recebia em troca isenção de direitos de importação, sobre as farinhas de trigo e vários outros produtos americanos, obtendo ainda para os demais produtos uma redução de 25% nas tarifas alfandegárias. Esta política beneficiava especificamente os EUA em detrimento das empresas Nacionais.

O governo pressionado por uns e outros, desenvolvia uma política hesitante e instável. Protecionista e anti protecionistas opunham-se e cada um se julga mais prejudicado que o outro dentro desta política econômica.

* Teorias civilistas e teorias militaristas

Muitas delas repetiam que o motivo da proclamação da Republica, foi a deficiência do regime anterior. Divergiam apenas ao caracterizar as forças que participaram do movimento.

Os civilistas reivindicava a gloria do movimento para os civis enquanto que os militares reivindicavam em prol dos militares.

Passado o 15 de novembro, as hostilidades recomeçaram, e as classes armadas voltaram aos quartéis e o poder dos militares sobrepõe ao povo ou seja (aos civilistas). E estes, temerosos talvez de uma contra revolução, apoiaram a candidatura do marechal Deodoro à presidência da República, preferindo o militar ao candidato civil.

O governo de Deodoro caracterizou-se por uma grande instabilidade política, culminando com a sua renúncia à presidência. Floriano Peixoto (vice), assume o governo e tem oportunidade de colocar em prática suas idéias sobre a necessidade de um governo forte. Mas as agitações não cessam. Findando seu governo, Floriano entrega o governo ao primeiro presidente civil.

A conjuntura internacional favorecia o desenvolvimento do militarismo, o dava um grande reforço.

Em 1910 a nação teve que escolher entre um líder militar e um civil.

A campanha eleitoral acirrou os ânimos da oposição e Rui Barbosa apresentou-se como candidato civilista combatendo em discurso a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca, em vez de eliminar as tensões, agravou. A política de salvação nacional levada a efeito por ele, o expurgo de governadores, a intervenção das forças armadas no cenário político e na administração fizeram recrudescer os antagonismos entre civis e militares.

* Uma nova história e uma nova historiografia

A principal razão de uma nova orientação dos estudos historiográficos reside nas próprias transformações que se operaram na sociedade brasileira, contribuindo para a formação de um grupo particularmente interessado em analisar a realidade por novos prismas. O País enfrentou um período de crise e de transformações. A nova geração critica o idealismo dos homens do passado e condena a sua alienação. O movimento modernista inaugurado com a Semana de arte moderna em 1922, representou de certa forma, no campo das letras e das artes, uma afirmação de brasilidade. O movimento foi a manifestação do desejo de fazer da literatura e das artes plásticas uma expressão da nacionalidade.

Ao lado das interpretações sugeridas pelos autores marxistas apareceu, nos últimos anos, uma série de monografias que forneceram dados valiosos para o estudo da história do Império e das origens da República.

O interesse que o Brasil tem despertado no estrangeiro, principalmente nos Estados Unidos, motivou o aparecimento de algumas obras sobre o assunto. Surgiu uma série de estudos sobre aspectos econômicos, sociais e ideológicos do Império e da República, possibilitando o aparecimento de uma nova versão sobre as origens da República no Brasil.

As primeiras crônicas escritas sob a impressão direta dos acontecimentos, as interpretações foram deformadas pela parcialidade dos observadores. Engajados no processo que estavam descrevendo, os cronistas raramente dispunham da perspectiva necessária para interpretação aos acontecimentos, e isso só se tornou possível com o desenrolar da história.

Faltam pesquisas que permitam caracterizar nesse período o que é classe média, ou burguesia, qual sua importância relativa, qual sua participação nos movimentos políticos, qual o comportamento das Camadas rurais, quais as diferenças que separam o senhor.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Plano de curso - Ensino Profissionalizado




(Fundamentação legal para implantação)

                                                                                (Lázara Alzira de Freitas)



• Lei 9394/96 – estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

• Decreto 5154/04 – regulamenta a Educação Profissional Técnico.

• Decreto Lei 6.302/2007 – Implantação do Programa Brasil Profissionalizado.

• Parecer 39/2004 e Parecer 35/2003 – Define e orienta a organização e o planejamento da Educação Profissional Técnica.

• Resolução 01/2005 – Fixa as normas para o credenciamento e autorização de funcionamento dos cursos de Educação Profissional Técnico em Nível Médio.

• Resolução 02/2009 – Dispõe sobre o credenciamento e recredenciamento da Instituição de Ensino.

• Resolução 194 – sobre Avaliação.

• Parecer Técnico Pedagógico – CEE/CP (Conselho Estadual de Educação/Câmara Profissional) nº 001 – 2005, subsídio à Resolução CEE nº 111/2005.

• Lei 11.788 de setembro/2008 – fala sobre o Estágio.

• Lei 11.769/2008 – Estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica.

• Lei 10.328/2001 – transformou a educação física em componente curricular obrigatório da Educação Básica, com ajustes e faixas etárias e às condições da população escolar, continuando a ser facultativa para os cursos noturnos.

• Lei 10.793/2003 – Educação física integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa para os cursos noturnos.



Justificativa do Curso:

Visando uma nova oportunidadede oferta do curso técnico em........ Eixo tecnológico......., faz-se necessário levar a efeito a Educação Profissional Integrada aos alunos concludentes do Ensino Médio do colégio.... e demais interessados.

Objetivos:

GERAL- Proporcional desenvolvimento pessoal através do conhecimento científico tecnológico e cultural, considerando os aspectos humanos, econômicos e sociais.

ESPECÍFICOS - Oportunizar a participação social.

Permitir ao futuro profissional uma visão da evolução da tecnologia.

Propiciar o (profissionalismo), por meio da compreensão das relações contraditórias presentes na vida.

Valorizar os saberes tácitos na construção dos conhecimentos.

Requisitos para o acesso do curso:

Conclusão do Ensino Fundamental seguindo as orientações de acordo com as normas do CEE de Goiás bem como obedecendo a LDB – 9394/96

Perfil do Profissional:

As competências dos profissionais gerais do técnico em...., estabelecidas pelo MEC, são:

• identificar e interpretar as diretrizes,

• identificar as estruturas orçamentárias;

• interpretar resultados de estudos;

• utilizar os instrumentos de planejamento;



Organização do curso:

1º ano

- Princípios e funções administrativas = 2 ___CHs_10__

- Gestão de pessoas = 2 CHt 400

- Economia e mercados = 2

- estatística = 2

- Informática = 2



CHs = 2

CHT= 80



2º ano

CHT = 360



3º ano

CHt = 400



• Verificar a carga horária de cada curso e somá-la a carga horária normal do Ensino Médio, conforme a matriz (1.200 – matutino e 800 p/ o noturno) sendo que as disciplinas do Ens. Profissional, serão inseridas no lugar das eletivas e opcionais.

• Duvidas sobre as cargas horárias dos cursos podem ser tirados no endereço eletrônico: http://catalogonct.mec.gov.br

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ESTÁGIO III






(Profª Lazara Alzira de Freitas)



Segundo Leandro Karnal, não podemos dar aula de História, baseados apenas em concepções atuais, pois correremos o risco de cometer anacronismos (fazendo projeções do presente no passado).

O passado existe, porém, é recortado e narrado pelo homem no presente. Sendo assim, todo texto histórico torna-se objeto de história, pois passa a representar a visão de um indivíduo sobre o passado. Ex: o baile de debutantes (10 anos depois – aos 25-envergonhada do traje – e com 65 anos - com uma visão nostálgica). A memória sobre esse baile vai se transformando, conforme a realidade do presente e traz novas reflexões.

Rememorar é uma atividade de todos, mas o historiador tenta tornar consciente e crítica.

A representação do passado e do que consideramos importante, é um processo constante de mudança. Porque a memória muda, pois esta envolvida em um fazer orgânico, o que a torna mutável.

Um livro sobre a guerra escrito a cem anos, continua válido como documento, mas é provável quem a visão do autor já seja superada, ou seja, é uma visão compartilhada pela memória. Portanto ensinar História é uma atividade submetida a 2 transformações permanentes: transformação do objeto em si; e da ação pedagógica.

No primeiro caso, o fazer história é transformado pelas mudanças sociais, pelas novas descobertas arqueológicas ou documentais, no 2º caso: a ação pedagógica muda porque mudam seus agentes (professores, alunos e os anseios dos pais). Ainda que as mudanças sejam mais lentas.

É importante não haver equívocos, transformando as mudanças apenas em introdução de máquinas mais modernas (retroprojetor, filmes, nout book, tables e outros), trata-se de pensar a mensagem e se ela apresenta validade, tenha cara velha ou nova.

Em muitos casos, uma sensibilidade e vontade de mudanças, esbarra tanto em vícios tradicionais da escola, como na resistência multifacetada de pais, direção colegas e alunos.

O professor inovador que espera ser saudado por seus alunos, acaba por ouvir: “para de enrolar e começa a dar aula”. Correndo o risco de perder seu trabalho, caso trabalhe no setor privado.





Adolescência - uma pequena parte dela

  Adolescência   Dos onze aos quatorze anos eu estudei no CCCM, fica ao lado da Igreja Coração de Maria, na Av. Paranaíba no Centro de Goi...