sexta-feira, 10 de abril de 2020

Em tempo de corona vírus FIQUEM EM CASA, assim podemos salvar o mundo!



OSÉ

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
(...)
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho do mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade

Quantas e quantas vezes não nos sentimos "Josés"? Tomados pôr incertezas e medo. Quando Drummond escreveu este poema, o mundo estava em plena Segunda Guerra Mundial e o Brasil entrando na ditadura, com o Estado Novo de Getúlio Vargas. Incrível como, mesmo em um contexto histórico diferente, este poema com uma simples pergunta nos leva a pensar em gritos que ainda são sufocados pela indiferença.

Dicas para o Enem - Sugestão para 4º e 5ª aulas: Vamos lembrar aqui de maneira breve o que é globalização e sua importância neste mundo pós moderno.



Segundo Marx a característica da modernidade está em: “todas as relações fixas e congeladas serem dissociadas, ou seja, “tudo que sólido se desmancha no ar”... (Marx e Engels -1973 p.70).
Portanto as sociedades tradicionais, que veneram o passado e os símbolos que perpetuam a experiência de gerações, podem cometer o erro de não considerar ou não relevar qual o grau de importância tem a inteligência emocional, conforme acontece a evolução destas novas gerações. Por isso alguns autores como Ernest Laclar usa o conceito de deslocamento, ou seja, uma pluralidade de centros de poder dizendo que a sociedade não é o que os sociólogos pensam; ela está constantemente sendo descentrada ou deslocada por forças fora de si mesma.
Como consequências políticas desta fragmentação, podemos analisar a partir de núcleos menores como as mulheres negras, que estavam divididas dependendo de qual identidade prevalecia: sua identidade como mulher, ou sua identidade como negra. Enquanto os homens seguem seu liberalismo. Os homens brancos se dividiam entre a sua política de defesa do racismo ao sexismo. Isso foi chamado por Raymond Willians de jogos de identidade ou movimento das minorias. Construindo-se em identidade a diferença que antes era indivisível, singular e única.  (Raymond Willians - foi um acadêmico, crítico e novelista galês. Seus escritos em política, cultura, literatura e cultura de massas refletiram seu pensamento marxista. Foi uma figura influente dentro da Nova Esquerda).

Sugestão para 5ª aula: Vamos agora eleger alguns dos temas vindo dos menores núcleos para perceber suas identidades, dificuldades e formas de se fazerem ouvir.

René Descartes conhecido como o pai da filosofia, foi  o primeiro a ser influenciado pela ciência Moderna, como já o dissemos, e trabalhou com essa questão do deslocamento de Deus do centro do Universo. Mostrando que o sujeito racional pensante e consciente, situado no centro do conhecimento seria o próprio sujeito cartesiano. Ou seja, um pensamento estabelecido por Descartes em suas obras o “Discurso do Método” (1637) e “Meditações Metafísicas” (1641), onde expressa sua preocupação com o problema do conhecimento.
Quando dizemos problema do conhecimento, é porque percebemos que ligado a ele há um desejo de alto proteção, que chamamos de metafísica, mais especificamente uma metafísica Kantiana, que estuda os fundamentos de toda especulação a respeito de realidades suprassensíveis, ou seja, uma totalidade cósmica, onde Deus ou a alma humana desperta no ser, necessidades para o conhecimento empírico, onde a observação despertará a reflexão a euforia e o medo da proximidade do fim. (KANT, Immanuel. Edições 70, 2007.).

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