quinta-feira, 7 de maio de 2020

Sugestão de teorias para repensar nossa vida.


Para Adorno e Horkheimer este medo, faria com que o indivíduo partisse para a matematização da vida, ao contrário da observação, reflexão e euforia proposta por Kant. Segundo suas teorias, ambos aplicariam neste contexto, a forma de redução da história vivida aos fatos ocasionados pela estética da observação e mostrariam como o saber se torna nada mais que uma dominação e poder. Ou seja, um conhecimento adquirido através da observação só faria diferença a partir de atitudes, chamada por Adorno e Horkheimer de matematização.
Pouco depois passamos pelo Darwinismo, onde o sujeito foi biologizado – ou seja, a razão tinha uma base na natureza e a mente um fundamento no desenvolvimento físico do cérebro humano. Houve também a contribuição das ciências sociais, com a teoria da socialização. Desenvolveu-se uma explicação alternativa do modo como os indivíduos são formados subjetivamente, através de sua participação em relações sociais mais amplas, e é esse desenvolvimento subjetivo que nos proporciona possibilidades de construção de nosso projeto de vida.
A sociologia ainda mantinha o dualismo de descartes (o individuo e a sociedade). A figura do indivíduo isolado, exilado ou alienado, colocado contra o pano-de-fundo da multidão ou da metrópole anônima e impessoal, é trabalhado também por Baudelaire, Walter Benjamim, Kafka, Frisby, George Simmel, Alfred Schutz e Siegfriend; eles mostraram de forma profética o que iria acontecer ao sujeito cartesiano e ao sujeito sociológico na modernidade tardia.
Então o que nos resta será descentrar o sujeito.
A primeira descentralização importante foi feita através das possibilidades de interpretações propostas através de pequenas frases, injetadas em forma de pensamentos venturos, projetados na modernidade. Em Marx por exemplo, temos “homens fazem a história, mas apenas sob concepções que lhes são dadas”. Seus novos intérpretes leram isso no sentido de que os indivíduos não poderiam de nenhuma forma ser os “autores” ou agentes da história, uma vez que eles podiam agir apenas com base em condições históricas criadas por outros e sob as quais eles nasceram, utilizando os recursos materiais e de cultura que lhes foram fornecidos por gerações anteriores. Pensamento este que já não faz parte desta juventudi nascida no século XXI.

Sugestão para 7º aula: Vamos refletir agora depois de tantas reflexões, como eu poderia agora, ser protagonista da minha própria vida.
Seguindo nesta linha de pensamento vejamos o que nos disse Louis Althusser – ele nos mostrou que há uma essência universal de homem e que essa essência é o atributo de “cada indivíduo singular. O qual é seu sujeito real. Althusser critica Marx por ignorar estes elementos em sua teoria. Mas nós podemos nos apropriarmos dela e fazer uma bela reflexão do individuo real que mora dentro de cada um de nós. Quem é ele? Seria um tal de Rock in rol? Agora acredito que caso você ainda não o consiga, só mesmo Freud pode explicar!
Então vejamos como pode nos ajudar Freud.
Segundo ele sobre nossas identidades e sexualidade e ainda a estrutura de nossos desejos, são formadas com inconsciente, que funciona de acordo com uma lógica muito diferente daquela da razão, e arrasa com o conceito do sujeito congnoscente e racional, provindo de uma identidade fixa e unificada -  “o penso, logo existo”, do sujeito de Descartes.
Os sentimentos contraditórios entre indivíduos – amor e ódio pelo pai, o conflito entre agradar e o impulso para rejeitar a mãe, a divisão entre suas partes “boa” e “má”, são aspectos chave da formação inconsciente do sujeito e de seu projeto de vida e que deixam o sujeito “dividido”, permanecendo com a pessoa por toda vida. Embora o sujeito esteja sempre partido ou dividido, ele vivência sua própria identidade. Portanto, a identidade é algo formado ao longo do tempo, através de processos inconscientes, e não algo inato, inexistente na consciência no momento do nascimento.
Vejamos o que diz Ferdinand de Saussure, sobre os processos conscientes: sua tese trabalha que a língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste a nós. Portanto falar uma língua não significa apenas expressar nossos pensamentos mais interiores e originais, significa também ativar a imensa gama de significados que já estão imbuídos em nossa língua e em nossos sistemas culturais.

Sugestão para 8ª aula: Encontro consigo mesmo. Vamos trabalhar com relatos pessoais.
Sobre tudo isso, temos um olhar bastante especial de Michel Foucault, que não nos deixa perder de vista o poder disciplinar, afinal você, jovem deste Século XXI, precisa se preocupar com a regulação, a vigilância que é o próprio do governo da espécie humana ou de uma população inteira que requer sobre você. Sob estrito controle e disciplina, com base no poder dos regimes administrativos, do conhecimento especializado dos profissionais e no conhecimento fornecido pelas disciplinas das ciências sociais.
Não menos importantes temos também alguns movimentos de encontro consigo mesmo, como o feminista – com revoltas estudantis e lutas pelos direitos civis como em 1968, que teve como principais características uma política liberal capitalista do Ocidente.
Assim cada movimento apelava para a identidade social de seus sustentadores. Isso acontecia e vem se projetando ao longo do tempo, porque é necessário ao jovem em construção, um apego às suas comunidades, ou seja, grupos no qual o mesmo tenha confiança e a eventual certeza de que através daqueles que o formam esta de fato a formula mágica da motivação “para dominar o mundo”. Este jovem é consciente de que as vezes ele brinca, mas sabe que por pura acomodação e medo de se encontrar na fotografia de seu progenitor. Afinal, ter certeza das coisas, faz com que você tome atitude, tenha coragem, vire de fato um adulto. E nada mal seria empurrar o quanto der essa adolescência até os trinta e poucos anos, ao invés de encerrá-la, aos dezoito.
Então, qual é de fato meu projeto de vida?
Sou consciente da minha felicidade?
Sou feliz?
A juventude vive a pressa desse mundo líquido que se desfaz entre os dedos que teclam o tout dos celulares e computadores e se esquecem, ou melhor tem medo de parar e olhar para trás e ver o que fez, o que construiu, o que aprendeu. Prefere ficar entediado com o nada para fazer, do que comparar como já evoluiu, cresceu e a partir deste crescimento, buscar ainda mais e mais, fazer parte como sujeito protagonista da sua própria vida e junto a sua comunidade de escolha, junto ao seu grupo de ativismo social.
Quando eu levo a felicidade ao outro, percebo que também sou feliz. Afinal só posso dar aquilo que tenho. Então tenho que percebê-la em mim. Fazer o filme de minha vida. E independente de sua fé, perceber, reconhecer que nem tudo vem a tempo e hora em que eu determinei. E maturidade é saber respeitar o momento de cada um, e respirar.
Temos sede de nos encontrar! Porque somos a imagem e semelhança de Deus, então nos encontrar é encontrar o próprio Deus que vive em nós.
Portanto temos que ter fidelidade ao nosso ideal, mesmo que pareça utópico como diria Thomas Morus, ou ainda a exemplo de santo Agostinho, temos um coração irrequieto, por isso estamos sempre em busca de algo ainda melhor. Ou seja, a graça é uma troca: eu tenho quando sou capaz de retribuir e de agradecer. Isto é inteligência emocional. Para tê-la é preciso estar em harmonia com o mundo.
A inteligência emocional nos leva a fazer o que eu chamaria de exame de consciência, para dar sentido a vida. Ou seja tenho que ter a capacidade de mudar, primeiro a mim através de reflexão e perdão, de amor e de escolha. E não ter no meu irmão um concorrente, esquecendo a solidariedade.
Devemos entregar e confiar! Porque solidariedade – perdão e vivência, devem andar juntas, fazendo parte de um mesmo conjunto que eu chamarei de conhecimento.
Você verá o quão fantástico é possuí-lo, embora ele venha sempre junto das chamadas obrigações. E quanto mais eu conheço mais eu perco o direito de ficar calado, diante daquilo que eu sei, você sabe, não é legal!
Portanto nós temos que ter coragem, para assumir nossas responsabilidades, nossos compromissos, nossas limitações, e nossas particularidades, sem negociar, sem trocas. É necessário nos fortalecer para repassar para o outro e assim fazer um mundo melhor.
Segundo Homi Bhabla, (Um índio que praticamente nasceu cientista, deu grande contribuição para a teoria quântica, nasceu em 30 de outubro de 1909 em Bombaim.  Bhabha foi morto num acidente aéreo em 24 de janeiro de 1966, na Suíça). Segundo ele  as nações, tais como as narrativas perdem suas origens nos mitos do tempo e efetivam plenamente seus horizontes apenas nos olhos da mente. Essas narrativas podem nos prender a invisibilidade do passado, fazendo com que vivamos como passivos, sem perspectivas de mudanças. Mas sendo protagonistas de nossas vidas, podemos através deste meu ou seu projeto de vida, dar verdadeiramente sentido a vida.



Sugestão para 2º e 3ª aula: Os pilares para a construção do seu projeto de vida.


Para a inteligência eu preciso primeiro de BUSCAS (pesquisas, leituras, curiosidades, saber ouvir, e acima de tudo saber empregar todo o tesouro no qual buscou).
Quanto à vontade, eu preciso responder ou pelo menos me questionar sobre a consciência de que SOU LIVRE O BASTANTE? Quem sou eu? Qual o meu principal objetivo de vida?
Sobre a liberdade, preciso reconhecer que fui criado com LIVRE ARBÍTRIO, mas tenho maturidade o suficiente para usá-lo, ou tenho que me abrir a novas possibilidades?
E finalmente e não menos importante vem a personalidade, que nada mais é do que a capacidade de se conhecer e FAZER INDAGAÇÕES, para que através delas eu possa me reconstruir e construir e reconstruir e construir sucessivamente.
Portanto percebemos que existe de fato uma crise, e não se trata apenas de uma crise de adolescentes, é verdadeiramente uma crise de identidade.

Sugestão para 3º aula: Falando em crise de identidade, elenque com seus alunos alguns casos que eles detectam como crises de identidade social
Nossa sociedade vem passando por problemas que deflagraram nesta crise, então vejamos quais foram suas consequências em potencial.
Segundo Hall, as sociedades modernas estão sendo fragmentadas, vivem um verdadeiro colapso devido as transformações modernas, nas diversas áreas como: cultural, étnica, raciais e nacionais, que no passado nos tinham fornecido sólidas localizações como indivíduos sociais, que agora se percebem e justificam através de estudos que a identidade somente se torna uma questão quando está em crise, quando algo que se supõe fixo, coerente e estável, agora é deslocado pela experiência da dúvida e da incerteza.
É necessário investigar a essência. Se o mundo é pós moderno nós também o somos.
No período iluminista por exemplo, o indivíduo era o centro, dotado de capacidade e de razão, sendo que o essencial era a identidade da pessoa. As concepções eram individualistas e se pensarmos bem encontraremos em alguns de nós esta individualidade característica de tempos já há muito passados.
Mas nossa evolução é constante e necessária, embora muitos façam questão de viver no passado. Claro este não é o seu caso!
Essa evolução nos levou ao chamado por Stuart Hall de “sujeito sociológico” – refletia a complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e auto suficiente – eram experiências sociais ou seja, uma interação entre o eu e a sociedade.
A identidade costura o sujeito à estrutura “Eu” e a “sociedade”, formando uma unidade. Assim o sujeito previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado. Ou seja, composto não de uma única, mas de várias identidades, isso causou um colapso devido as identidades contraditórias, empurrado em diferentes direções.
 A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia e Hall trabalhou também esta questão, de que a globalização é esta mudança, e causou um impacto de diferentes identidades sobre a identidade cultural da coletividade.


Projeto de vida - produtividade e competitividade, através do alto conhecimento em Stuart Hall.


Quem foi Stuart Hall

Stuart Hall Nasceu em 1932 na capital da Jamaica cidade de Kingston, em uma família negra de classe média. Seu pai foi Herman Hall, o primeiro homem não branco do país que ocupou uma posição de chefia (chefe de contabilidade) na United Fruit Company, e sua mãe, Jessie, tinha antepassados brancos. Ela era descendente de escravos africanos, de escoceses, e de judeus portugueses. Uma família tão diversificada como as de hoje.
Hall recebeu uma educação inglesa clássica em uma destacada escola secundária masculina de Kingston, no Jamaica College, enquanto se aliava à luta contra o Colonialismo e pela independência de seu país, a Jamaica.
Conforme os anos se passaram, sua relação com a cultura negra se endossou. Hall amava tanto o lugar de onde vinha quanto ao lugar de onde estava, agora na Inglaterra, onde ele tentou sobreviver à escuridão medieval de Oxford ao abraçar a causa da exclusão das minorias migrantes da cidade. Suas ideias abrangem questões sobre a hegemonia e cultura, assumindo uma posição pós-gramsciana. Ele considera o uso da linguagem como operador de uma estrutura de poder, instituições, política e economia. Essa visão apresenta as pessoas como produtores e consumidores de cultura ao mesmo tempo. Na teoria gramsciana, hegemonia refere-se à produção sociocultural de "consentimento" e "coerção".
 Para Hall, a cultura não era algo para simplesmente apreciar ou estudar, mas um "local crítico da ação social e de intervenção, onde as relações de poder são estabelecidas e potencialmente instáveis".
No ano de 1963, ele aderiu a Campanha Contra o Desarmamento Nuclear. E em 1972, ele se tornaria diretor do departamento, na faculdade. Lá, ajudou a moldar um campo de pesquisas emergente, que procurava construir uma abordagem interdisciplinar da cultura, mesclando áreas como sociologia, antropologia, filosofia, crítica literária, linguística e teoria política.
Segundo Stuart Hall, a cultura, mais do que um conjunto de referências estéticas ou históricas de determinado grupo humano, era “ponto crítico de ação e intervenção social, no qual relações de poder são estabelecidas e potencialmente desestabilizadas".
Ainda sobre a liderança de Hall, os estudos culturais ascenderam no mundo acadêmico. Uma de suas características era que raramente usava a primeira pessoa do singular, preferindo falar em nome de todos os colaboradores do trabalho. Sua energia era prodigiosa e ele debatia sobre, raça, política, marxismo e a teoria crítica. Apesar de não haver monografias oficialmente reconhecidas em seu nome, Hall produzia uma grande variedade de livros e artigos sobre jornalismo, assim como sobre discurso político e a influência da rádio e da televisão sobre as pessoas.
Em 1979 tornou-se professor de sociologia na Open University, onde permaneceria até 1998, ano em que se tornaria professor emérito, lançando uma série de cursos em comunicação e sociologia.
Apesar de ser muito apegado à vida acadêmica, ele ficou satisfeito de abandonar seu papel de professor integral, abrindo a possibilidade de se reinventar. .E é por isso que nos aliamos a ele, para inspirar o que poderá ser o seu projeto de vida, caro estudante.
Aliando-se a novos artistas e produtores, Hall explorou a política da subjetividade negra. Seu envolvimento com a arte negra daria um novo sentido à sua vida intelectual. Vejamos como ele nos inspira!

Construindo seu Projeto de Vida neste mundo pós moderno
Sugestão para  1º aula: Fazer uma linha do tempo trabalhando antigas sociedades, para dar ênfase as suas transformações que as projetaram as novas gerações.
 


Povos ágrafos       civilizações clássicas        medievo    modernidade     contemporaneidade 
Você, jovem das gerações Z, cristal, arco ires e outras que hoje se prepara para dominar o mundo. E o faz com propriedade, porque domina sobremaneira a internet, criando aplicativos, pesquisando, buscando a conquista de seus ideias. Precisa antes entender velhas identidades que por muito tempo estabilizaram o mundo social, só depois declinando, fazendo surgir novas identidades que através de sua força, fez fragmentar o chamado indivíduo moderno.
Esta foi a tese, ou seja, o problema encontrado e trabalhado por Stuart Hall, o que ele mesmo chamou de “crise de identidade” ou modernidade tardia.
Bom, mas antes de nos aprofundar neste tema que os levará a construir o seu projeto de vida, é importante primeiro pensar em algumas questões nas quais eu as chamo de pilares para essa construção que culminará no verdadeiro sentido da Vida. São eles: Inteligência – Vontade – Liberdade – Personalidade.

Adolescência - uma pequena parte dela

  Adolescência   Dos onze aos quatorze anos eu estudei no CCCM, fica ao lado da Igreja Coração de Maria, na Av. Paranaíba no Centro de Goi...