sexta-feira, 26 de abril de 2024

Adolescência - uma pequena parte dela

 

Adolescência

  Dos onze aos quatorze anos eu estudei no CCCM, fica ao lado da Igreja Coração de Maria, na Av. Paranaíba no Centro de Goiânia, uma Igreja tradicional em Goiânia, e eu frequentei as missas das 10 da manhã lá, por longa data. Foi lá que eu assisti uma palestra importantíssima para a minha vida que me estimulou a leituras e a conhecer mais sobre a Igreja e a participar de grupos de jovens e me engajar. A palestra foi com Neimar de Barros, um autor que tem vários livros publicados, voltados para a juventude daquela época, entre eles o Livro “Deus Negro”. Maravilhoso! Quem nunca leu, precisa conhecer. E através dos livros de Neimar veio a vontade de ler cada vez mais, e aprendi muito com outros autores como o Padre Heber Salvador de Lima com lindos contos e poemas sobre a natureza e suas flores belíssimas, sobre “Essa juventude e seus namoros nem sempre maravilhosos” e outros (nome de outro livro). Pe. Lima escreveu o Livro “A Baronesa”, que toda a minha família leu. Até minha mãe que tinha pouca leitura foi estimulada a ler e como nunca tinha tempo e achava que nunca seria capaz de ler um livro inteiro, já com mais de oitenta anos, ela lembrou desse Livro e pediu para ler “ a Baronesa”, porque nunca esqueceu como aquele livro fez diferença na vida de todos os seus filhos. É mesmo um livro que se deve procurar e fazer a leitura. A Baronesa de Toronto, no Canadá, nos ensina muito sobre a vida.

Nesta época eu acompanhava minhas irmãs nos grupos de jovens da Paróquia Santo Agostinho. Eu era praticamente a mascotinha do grupo, porque todos eram jovens e eu ainda estava no início da adolescência. Mas foi lá que tive meu primeiro contato com esses grupos que eram muito ativos naquela época. Que apesar de ainda estamos vivendo um período final de ditadura militar, já se vislumbrava novos tempos.  Eu mesmo nunca senti de verdade os efeitos da ditadura, apenas aprendi que não deveríamos falar nossa opinião sobre as coisas que aconteciam na sociedade.

Escrevendo estas memorias me veio uma lembrança muito engraçada que aconteceu por volta dos meus 9 anos de idade.

Nestes primeiros anos em que mudamos para Goiânia era comum eu e minha avó voltarmos de viagem de trem para Araguari, por pelo menos duas vezes por ano. As viagens eram maravilhosas. Em todas as férias de julho e janeiro íamos, eu e ela (minha avozinha) viajando de trem no vagão de segunda, porque assim era mais barato a viagem. A diferença entre o vagão de primeira e o de segunda é que nosso vagão os bancos eram de madeira e para melhorar nossa noite de viagem, porque o trem saia de Goiânia as 19 horas da noite e chegava em Araguari, por volta da 7 horas da manhã. Isso quando não tinha barreiras caídas pela estrada de ferro, e nesse caso passávamos horas no meio do nada a espera de resgate de pessoas para consertar a via de ferro, tirar as barreiras e autorizar que a gente pudesse seguir viagem. Para mim tudo era festa, porque não tinha consciência do perigo e da insegurança que aquela situação despertava. E por sorte e principalmente por proteção de Deus, nunca passamos por situação de perigo real.

A única coisa que eu tinha em mente era em que horas íamos chegar. Porque tínhamos mantimentos suficientes para não sentir fome, mesmo com os atrasos. Sempre sobrava matula (lanche nas latas que levávamos). Ah, uma coisa que todos sempre procuravam quando chegávamos ou lá ou aqui, era se tinha sobrado matula, eram deliciosas almondegas envoltas na farinha de milho e guardadas na lata, ou o pão com carne moída que ficavam grudadinhos guardados também nas latas para não perder com facilidade. E para beber, não me lembro de nada em especial a não ser a água mesmo. As vezes minha avó tinha um dinheirinho sobrando e comprava um refrigerante no próprio restaurante do trem. Isso me fazia sentir importante, por estar comprando do próprio restaurante.

Nesta viagem, eu fui com minha avó, mas meus irmãos e irmãs também foram, eu só não me lembro se fomos juntos. O mais importante que me lembro era que ao chegar na casa da tia Neném (ela era cunhada da minha mãe, irmã do primeiro marido que foi o pai dos meus 3 irmãos mais velhos) e do tio Pio, era maravilhoso. Ela era uma pessoa especial que sempre nos fazia sentir em casa. Ela não tinha filhos naturais, mas criava um garotinho com o nome de Irineu, um negrinho muito engraçadinho uns dois anos mais novo que eu e éramos muito amigos. Pena que depois de crescidos, nós nos afastamos. E ele mudou, foi para o exército, depois que voltou logo casou e faleceu pouco tempo depois. Mas nós nos perdemos antes de tudo isso. Quando ele cresceu e foi para o exército, eu também já estava me envolvendo por aqui com meu trabalho e logo me casei também e nesta fase da vida as pessoas geralmente se desconectam e se perdem, as vezes até se encontram mais tarde, mas no caso dele, não tivemos tempo para o reencontro.

Mas voltando a casa da tia Neném, certa tarde depois de irmos a casa da tia Dorcina (tia por afinidade), uma casa onde tinham 23 pés de jaboticaba, cada um carregava uma sacolinha de jaboticaba, quando chegamos, tinha uma subidinha de terra que parecia um escorregador, e minhas irmãs e irmãos junto com os amigos que foram com eles, tiveram uma ideia de jogar água naquele local do escorrega e brincar de ficar descendo na lama, ficaram horas brincando e jogando lama uns nos outros e escorregando, foi inesquecível. Assim como a viagem de volta quando me lembro bem de todos no vagão, cantando um elefante atrapalha muita gente, dois elefantes atrapalham muito mais, três antes ... e assim sucessivamente. Ou então cantando a música do galo, meu galo tinha um pintinho, o pintinho piu o pintinho.... e assim os jovens lembravam cada vez de um animal diferente e cantavam fazendo o som do animal durante a madrugada.

E assim passei pela adolescência, com poucas, mas boas lembranças dos acontecimentos.

Me lembro muito bem também de que eu e minha avó gostávamos de ir a novena de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. A Igreja fica no setor Ferroviário, íamos toda semana na quarta-feira e assim eu aprendi a amar a nossa mãezinha do Céu, através da Nossa senhora do Perpétuo Socorro. Levávamos sempre um litro de água para ser benzida pelo padre Francisco e depois mais tarde (quando o Padre Chicão se afastou da Igreja para se casar com dona Leny) pelo padre Sérgio, um italiano muito bravo e explorador. Digo isso porque o padre Sérgio foi o responsável pela desilusão da minha mãe com os padres. A partir dele, como dizia minha mãe, ela aprendeu que padre nada mais é que um homem comum. Porque antes ela pensava que eles eram santos. Até que ao conversar com o próprio Dom Fernando Gomes dos Santos, Bispo da Arquidiocese de Goiânia, naquela época, e falar sobre o seu sentimento de raiva pelo padre, porque ela achava que estava pecando. E o dom Fernando dizer que padres ele tinha muitos, mas santo, ele não tinha nenhum. O fato era que o padre Sergio pegou um dinheiro emprestado com minha mãe, dinheiro que ela vendeu a casa de Araguari, para comprar outra aqui em Goiânia, porque vivíamos pagando aluguel e aí, ele não quis devolver, dizendo que aquele dinheiro era para a Igreja, e a minha mãe ficou a “ver navios”. Recebeu uma parte depois de muita briga e o resto só Deus sabe onde foi.

Falando em Igrejas, eu frequentei também a capelinha da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. A Paróquia fica no setor aeroporto e foi lá que fiz minha primeira Comunhão. E a capelinha ficava na rua 59 em frente a pracinha onde eu morei nos primeiros meses assim que vim para Goiânia.

Nesta Capelinha eu aprendi a assistir as missas todos os dias, pois a tia Maria, irmã da tia Dorcina (aquela de Araguari dos pés de Jaboticaba), então a tia Maria era nossa vizinha, morava uma rua pertinho da nossa no Bairro popular, e ela ia a missa todos os dias, e passava lá em casa e me convidava para ir, eu ia com muito gosto. Assim fiz também a catequese por três anos seguidos, porque antigamente era um ano só, mas quando chegava no final do ano, na época de fazer a primeira comunhão era época de a vovó ir para Araguari, e eu amava ir e reencontrar meus coleguinhas, então eu desistia da catequese e ia viajar com a vovó. No ano seguinte eu fazia tudo de novo. Isso acabou sendo bom para mim, porque assim eu pude me aprofundar mais, participar mais da Igreja e aproveitar mais também junto com a minha avó.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Mudança para a Rua 74

 

Em uma das viagens que a mamãe fez para Araguari, minha irmã Didi, que também trabalhava ajudar a nos sustentar, encontrou uma casa para que a gente pudesse mudar. Além de pagar mais barato, a casa era melhor, só que ficava em um lote com mais duas outras casas. Agora éramos inquilinos da Ivone. Uma mulher separada que tinha três filhos a Ritinha que tinha o nome da Avó dona Rita, o Ricardo e a Renilde, uma criança incrível que tinha uma cabeça muito grande, sinal de hidrocefalia. A Renilde também não andava, era cadeirante, mas ela era muito animada e inteligente, sabia de tudo que acontecia em sua volta. Mas nessa época as pessoas deficientes eram no geral muito maltratadas, a maioria não trabalhava fora por preconceito mesmo da população. Eram vistos como inválidos.

Neste endereço nós moramos por mais ou menos oito anos, acho que quatro no barracão do meio e depois mais quatro na casa da frente.

Os anos eram muito difíceis, pois se tratava de uma época de ditadura militar e perseguição aos estudantes. Meus irmãos estavam em idade da juventude que era procurada. Muitos de seus amigos estavam sendo presos e muitos sumiram e nunca mais foram vistos. Minha irmãs já faziam faculdade, a Vera entrou na Universidade Católica (hoje PUC) para o curso de Ciências Contábeis e a Maria Augusta no curso de Serviço Social. Mas nenhuma delas teve problema porque eu não sei direito, mas nunca as vi envolvida com qualquer coisa que se relacionasse com o crescimento individual delas ou da comunidade. Meu irmão Geraldo nesta época cursava o colegial no colégio de Aplicação e seus amigos riquinhos também não se envolviam com nada, e por sorte meu irmão Salviano, que nunca se deu bem com os estudos, este sim, teve alguns amigos que foram presos ou familiares deles que os levaram a ser vigiados pela polícia nesta época. Meu irmão tinha todo o jeitão de rebelde e conhecia até mesmo os lugares onde os jovens se reuniam para leitura e discutir coisas em relação ao marxismo e outras causas. Mas como ele não era muito bom de leitura então conhecia, mas não se aprofundava em nada.

Uma certa vez ele me levou em uns três lugares na Avenida Goiás que servia de esconderijo para os estudantes universitários se reunirem e fazer suas leituras nos famosos livros de capa vermelha, (esses eram de capa vermelha porque eram segundo a sociedade da época induzida pelos militares, livros comunistas) Então eram livros proibidos.

Em Goiânia naquela época tinha vários lugares na Avenida Goiás e Av. Anhanguera que eram chamados Pit dog. Nesses lugares ou em pelo menos três deles, quando as pessoas entravam para lanchar ocupavam uma parte do espaço, o que poucos sabiam era que no fundo tinha uma porta que dava para um banheiro restrito, mas que na verdade dava para outra sala imensa com mesas de alvenaria e bancos também de alvenaria e nestes lugares ficavam expostos livros “comunistas” como eram chamados. Mas na verdade eram livros que falavam sobre o marxismo, sobre a mais valia e esclarecia a sociedade sobre a realidade da exploração que estávamos vivendo naquele tempo de ditadura militar. Eram locais onde só os estudantes sabiam, e lá também servia para esconder os estudantes que eram mais visíveis aos olhos dos policiais.

Quando não conseguiam se esconder, eram pegos, presos e torturados pela polícia naquele tempo de ditadura militar.

Uma coisa muito importante que aconteceu comigo naquela época e que me fez enfrentar muita coisa na vida, é que em uma das passagens de ano, meus irmãos ganharam uma bicicleta monark vermelha, barra circular baixa, que era para eles ir para o trabalho e quando ela estivesse em casa eu poderia andar pela calçada e me divertir um pouco. E assim eu quase todas as tardes, assim que os meninos chegavam eu ia andar de bicicleta pela calda da rua 74.

Nesta época as crianças em sua maioria ganhavam bicicletas. O povo em Goiânia andava muito de bicicleta nesta época, pois era uma época que praticamente não se existia transporte coletivo. Quer dizer, até já existia, mais no máximo para uns 3 ou 4 bairros de Goiânia, pois a cidade ainda era bem pequena, e para todos os lugares para onde íamos, andávamos a pé. Goiânia foi o primeiro lugar (não que eu conhecesse muitos outros) mas aqui era o único lugar onde se via as senhoras andando de bicicleta para ir trabalhar, fazer comprar e outras coisas. Pincipalmente nas cidades do interior, como víamos pela televisão.

Todas as tardes quando eu saia, os garotos (vários) entre 6 de 14 anos ficavam na calçada de uma das casas e quando eu passava, eles se colocavam na minha frente, para ver como mulher é medrosa e a gente balançava a bicicleta e freava até quase cair, e eles riam e zombavam da gente. Faziam isso sempre.

Muitas vezes eu desisti de ir, por ver que eles estavam lá me aguardando para zombar. Foi então que certo dia eu fui e na ida eles vieram pular na minha frente e eu quase cai, eles riram a vontade. Meu medo de atingir alguém era tão grande de machucar um deles, de eu cair e me ralar inteira e ainda ser proibida de me divertir, era muita coisa que vinha a minha cabeça. Uma confusão de sentimentos. Mas na hora que eu voltei, o garoto maior que se chamava Gabriel, disse aos outros, pode deixar que eu vou, desta vez ela cai. E ele era muito forte eu fiquei com muito medo. Mas foi aí que me veio uma coragem fora do comum e em vez de parar eu aumentei a velocidade e quando ele veio eu fui com tudo e passei por cima dele. Ele, é que teve que pular e ficou falando, credo, ela é doida, passou por cima de mim, não vou ficar mais na frente dela não, ela é doida. E assim eu marquei meu território e enfrentei o medo pela primeira vez na vida. Me lembro da sensação até hoje.

Eu achei essa memória interessante, porque para mim foi. Poucas pessoas sabem disso, mas esse fato foi muito importante para o meu crescimento interior. Ali eu descobri que mulher pode tanto quanto o homem, basta enfrentar a situação que se coloca a sua frente, pude aprender também que mesmo com medo da situações a gente deve enfrentar e que toda ida tem volta, então se prepare para voltar melhor do que foi.

Sem quere o Gabriel me ensinou muita coisa naquela atitude, tanto que nunca me esqueci deste fato.

Ali na Rua 74 eu tive outros amigos, alguns que nunca mais vi e que não valem a pena nem contar aqui os seus nomes e outros como os amigos do Colégio. Nesta época eu já estava na segunda faze da educação básica, foi a primeira vez quando iniciou a chamada quinta série. Porque no tempo dos meus irmãos tinha uma prova chamada admissão, era como um pequeno vestibular para os estudantes cursarem após a quarta série e irem para o ginasial. Agora já no meu tempo, acabaram com a prova e todos os estudantes fariam um ano a mais chamado quinta serie até a outava, para só então passar para o colegial.

Nesta época eu estudei no colégio Claretiano Coração de Maria, foram anos transformadores na minha vida, que sai da infância para a adolescência, conheci muitos amigos e levei para a vida.

A casa da Rua 61

 

Nesta casa, moramos por 4 anos. Eu que cheguei com 6 fiquei até os 10 anos, morando nesta casa tendo como vizinhas do lado esquerdo, minhas primeiras amigas de Goiânia: Telma Isaac Melo e Solange sua prima. Solange faleceu no final do ano passado, em 2023, e Telma continua sendo minha amiga querida, embora já há mais de 40 anos que não nos vemos, mas por sorte nos reencontramos via internet e agora nós nos falamos quase toda semana.

Eu dormia no sofá da sala junto com minha mãe, e no primeiro quarto tinha um beliche onde dormiam minhas irmãs, Didi a mais velha na cama de baixo e Dodô na cama de cima. Minha avó também dormia neste quarto em uma cama de campanha, para quem não sabe o que é, trata-se de uma cama que  se arma quando vai dormir e fecha ao acordar, era muito usada naquele tempo, pois era um tempo quando se chegava sempre hospedes em casa. Pessoas geralmente da mesma família e conhecidos, que eram tratados como parentes que iam e vinham.

Era uma época onde as famílias migravam muito para as cidades a procura de emprego e fixar residência. Então todas as casas tinham esse tipo de cama, para oferecer aos que chegavam. E engraçado era que minha avó sempre se colocou nesse lugar (ou foi colocada) como uma agregada, como um apêndice, embora eu saiba que sem ela ali, minha mãe nunca iria conseguir vencer no trabalho e na vida. Minha avó na verdade era a peça principal da nossa família, mas a simplicidade dela era tão grande que nunca que eu saiba, ela se opôs ao que minha mãe estipulava. E ficava sempre a margem.

No segundo quarto dormiam meus irmãos Geraldo Antônio (Totôe) e o Salviano. Depois do quarto deles é que ficava o banheiro.

 Nesta casinha, era chamada de barracão, porque era pequena e ficava no final do lote, tinha na frente um pé de ata, fruta típica de Goiás. Tinha um tanque de lavar roupas também e uma curiosidade que me lembro é que neste tanque, meu irmão Salviano, foi lavar um cinzeiro que mamãe tinha que era uma panelinha de ferro pendurado por um ferro de bronze muito bonito e que ao lavar minha avó falou pro meu irmão, cuidado para não deixar cair o ferro ai no buraco do cano. E ela olhou para o ferrinho e disse há não passa. Porque ele não percebeu que se o ferro virasse de ponta ele desceria pela encanação, e como ele sempre foi muito desastrado kkkk deixou cair só para ter certeza, e kkkk caiu pelo buraco a melhor peça do cinzeiro da mamãe. Lembrando que naquela época apanhava-se por qualquer coisa. Coitado.

Outra coisa que me lembro era que ali naquela casa eu fiz 7 anos de idade e como presente eu pedi a minha mãe para deixar eu cortar o cabelo.

Meu cabelo era imenso, e vivia em tranças, e meu sonho era ter os cabelos soltos, mas não era permitido. Só ia para a escola com duas tranças e minha cabeça doía muito quando penteava e eu não dava conta de fazer sozinha porque era muito grande. Então pedi esse presente, eu queria ser igual a cantora Elis Regina que estava no auge nesta época (início dos anos 1970) com cabelos curtíssimos e pequeno rabinho na nuca. E assim eu fiz. Ganhei o presente, mamãe me levou em um salão (salão da Dora) e pude cortar o cabelo curtíssimo. Assim eu poderia usá-lo solto como era minha vontade.

Eu estudava no colégio estadual José Honorato, e lá cursei toda a primeira fase da educação básica que naquela época era da primeira a quarta série, minhas notas eram sempre as melhores da sala, e tive alguma dificuldade na terceira série, quando tive algumas notas vermelhas no boletim. Naquela época não tinha essas coisas de bullying ou de constrangimento que tem hoje em dia. Fazia uma coisa errada era apontada na escola toda. Na sala de aula nos sentávamos em fila por nota que tirávamos. Começavam da esquerda para a direita o primeiro lugar, segundo terceiro e assim por diante. Então se sentar se na segunda fila para a frente era uma vergonha para qualquer estudante.

E assim os anos foram se passando com tranquilidade, pelo menos na minha cabecinha de criança. Minha mãe fazia várias viagens para Araguari, para trabalhar nas antigas freguesas de costura, como me era dito, e eu sofria muito cada vez que ela ia, porque nunca sabia quando iria voltar. Eu sofria muito porque não entendia como ela poderia me deixar sendo tão pequena e eu achava que eu caberia até mesmo dentro de uma das malas. Kkkkk e que nunca que eu daria trabalho. Mas essas distâncias serviram para eu ir crescendo e me fortalecendo. Ou pelo menos deveriam servir.

O que sei é que quando me tornei adolescente fui mesmo ficando forte e criando o meu ponto de vista em relação ao mundo, até o dia em que fiz a opção por deixar de lado todas as minhas certezas e convicções e passei a viver conforme o que minha mãe esperava de mim. Mas isso é um outro papo, e falarei sobre isso mais tarde.

 

Primeira viagem de ônibus

 

Então no mês de novembro do ano de 1968, mamãe mandou me buscar. Aproveitando que uma “tia Mariinha” estava vindo de Araguari para Goiânia de Ônibus, ela me trouxe, para que eu já fosse me acostumando com a rotina desta cidade.

A viagem foi o caos para mim.

Eu nunca tinha viajado de ônibus por uma distância tão grande como a de Araguari para Goiânia, o máximo que já tinha viajado era de Araguari para Água suja, uma região pertinho de Araguari, onde fica a Igreja da Nossa Senhora da Abadia da água suja. Onde os moradores de Araguari até hoje fazem romarias para adoração a Nossa Senhora da Abadia. Água Suja era vizinho dos municípios de Iraí de Minas, Estrela do Sul e Monte Carmelo, Romaria se situa a 18 km a Sul-Oeste de Monte Carmelo a maior cidade nos arredores. E a 99,6 Km de Araguari-MG

Na época da festa de Nossa Senhora, vários ônibus de diversas cidades de longe ou de perto saem em direção à cidade para participar das festas e adorações. Saímos de madrugada e reunimos com as outras pessoas na praça do Rosario para irmos. Era um frio sem tamanho, e foi nesse dia que conheci pela primeira vez uma gota de orvalho.

O sereno ia caindo e eu que nunca tinha visto, fiquei curiosa para saber o que era aquilo que caia e não era chuva. Me lembro do cheiro. Engraçado que até hoje quando a neblina vem chegando, o que é raro aqui em Goiânia onde moro por muitos anos, eu ainda sinto o cheiro da neblina. E me lembro das gotinhas coloridas do orvalho da madrugada em Minas.

Então, ao chegar o ônibus vindo de Araguari para Goiânia, logo ao descer, eu com a barriga toda envolta de jornais, porque segundo um costume popular, quando se dobra os jornais e colocam eles na barriga, o estomago não embrulha. Lamento dizer, mas essa teoria é fake, assim que desci, vomitei o que tinha no estomago de uns três dias, afff, ruim até de lembrar.

Mas vamos seguindo a viagem, agora de charrete, para a cassa da tia Mariinha que já morava aqui em Goiânia e era pertinho da casa da minha mãe, e esta,  passaria lá a noite para me buscar. E assim foi feito, e eu pude conhecer a nossa casa (quarto).

Engraçado é pensar nisso hoje. Porque naquele tempo, mesmo eu tendo vindo de uma casa gigante em Araguari, eu não fazia conta disso e não me lembro de em momento nenhum ter tido dificuldade para me acostumar.

Moramos neste quarto por pouco tempo, meses depois mamãe conseguiu um outro barracão em um lote sozinho, onde tínhamos dois quartos uma cozinha, uma sala e um banheiro só nosso, apesar de este, quase toda semana  explodia, e por sorte ou falta dela, sempre era eu que estava lá dentro. Antigamente isso acontecia demais, pois as instalações elétricas eram muito frágeis e além de tudo era uma época que a maioria destes instrumentos davam choque, era muito ruim. As pessoas até morriam de choque destes pequenos aparelhos nesta época.

 

A chegada em Goiânia

 

Hoje eu quero falar de lembranças que tive estes dias, mas decidi que não dar sequência as datas cronológicas, porque isso acaba me atrapalhando as lembranças. E aí eu me perco, e como a maiorias dos idosos, eu esqueço o que queria dizer.

Então conforme eu for me lembrando de histórias e estórias que poderiam ser interessantes e as vezes até engraças, eu vou contando. Quem sabe com sorte, alguns de meus descendentes um dia, possa colocá-las em ordem e publicar estas memórias.

Antes de se instalarem em Goiânia, minha irmã Vera Lucia, tinha ido para Brasília, cidade que estava vivendo sua primeira década; pois foi inaugurada em 21 de abril de 1960 e passou a ser a capital do país.

Segundo documentos da biblioteca do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do acervo público do Distrito Federal, a ideia mais antiga de mudança da capital, foi do Marquês de Pombal, ainda no século XVIII. O marquês foi secretário de Estado do Reino de Portugal, durante o reinado de D. José I (1750-1777). Ele acreditava que levar a capital para o interior do país melhoraria o comércio e a distribuição de riquezas pelo Brasil.

Mas, pensamos que a ideia que todos os dirigentes políticos concordavam na época era que, uma capital Federal deveria estar protegida de todas as entradas para o Mar, assim assegurava a integridade do país no caso de invasões futuras. E esse pensamento se procede devido as consequências das duas grandes guerras anteriores (e bem recentes na época), passadas por todos os países que ficaram vulneráveis com o acontecido. E embora não se fale muito sobre o assunto, o Brasil, além do tamanho que desperta interesse de muitos, ainda traz muitas riquezas em seu interior.

Mas nada disso conquistou o coração da minha irmã que não gostou nem um pouco daquela cidade.

Vera Lúcia tinha acabado de completar 18 anos e fizera sua primeira viagem sozinha com uma amiga de nome Fátima Melo. Uma pessoa muito alegre e comunicativa que mais tarde veio se tornar minha madrinha de crisma, junto com um de seus irmãos, não sei se o Dercy ou o Zezinho. Mas isso depois a gente lembra.

O fato é que ficando em Brasília por uma semana, minha irmã não gostou nada do lugar enquanto minha madrinha já foi chegando e conquistando clientes que ali ficaram freguesas de seu salão de beleza que estava para ser montado em breve. Neste intervalo de uma semana, veja só quem chega para visitá-las lá na Capital Federal; minha mãe (dona Antoninha), que já não aguentava de saudades da minha irmã que só tinha saído por uma semaninha, kkkkk mas que na cabeça da mamãe, ela estava há muito tempo longe, visto ser sua primeira vez longe de casa. Então tratou de ir buscá-la, ou de pelo menos ir ver o que ela trazia de novidades.

Ao encontrá-las, percebeu que enquanto uma estava totalmente engajada no trabalho, a outra estava pronta para ir embora. Tamanha era sua decepção. Então trataram de pegar o Trem de volta para Araguari-MG, para decidirem juntas o que fazer.

O bom de andar de trem é que ele costumava ser tão lento que dá oportunidade pensar muito na vida e seus caminhos, enquanto ele passa de estação por estação.

Assim quando chegaram a estação de Goiânia, resolveram descer e conhecer aquela cidadezinha muito aconchegante que viam pela janela. E assim fizeram.

Desceram na estação de trem, lembrando que ali, morava uma outra conhecida e sua grande família: os Coimbra, ou seja, o senhor João (ou seria José)e sua esposa Maria Jose Coimbra com seus 10 filhos, ou seriam 9? Não me lembro. Mas isso não é importante. O que importava naquele momento era que se tratava de uma época de pessoas hospitaleiras e que gostavam muito de receber visitas ou mesmo hospedes. (o que era o caso).

E assim fizeram; assim que chegaram e mataram a saudades dos quase parentes (porque era outra coisa que se tinham o costume, toda pessoa mais velha que fosse conterrânea, chamávamos de tio ou tia, e dávamos benção), eram como gostavam de dizer: parentes por consideração. E que até hoje na verdade quando eu os encontro, realmente os considero como “meus”. São laços eternos que criei ao longo do tempo e que gosto de cultivar (mesmo os vendo raríssimas vezes).

Minha mãe e Irmã, então saíram nos dias seguintes à procura de empregos e por sorte acabaram encontrando (nem tanta sorte assim, mas outra hora eu falo sobre isso) e se estabelecendo nesta cidade de Goiânia-Go. Encontraram uma casa na rua 69 no Bairro popular, que tinha vários quantos individuais para alugar e assim o fizeram. Esta época, se usava muito os famosos cortiços, ou seja, várias casinhas pequenas em um mesmo lote. O dono do lote geralmente morava na casa maior. A dona deste cortiço era dona Nika.

O interessante era que os cortiços não tinham banheiro individual, a não ser para o dono da propriedade, e os outros quartos que rodeavam o lote, usavam um banheiro “com chuveiro frio”, que ficava bem no meio do lote, para que cada quarto pudesse ter acesso.

Nosso quarto, para mim parecia bem grande, ou eu que era bem pequena. Não sei. Mas lembro que mamãe como era costureira fez uma cortina bem grande da cor verde abacate, e esta, dividia o quarto da sala que conjugava com a cozinha. Assim ficávamos em dois ambientes e podíamos até tomar banho de bacia, para usar uma água quente, principalmente nos meses de frio. E foi um tempo de temperatura muito abaixo da média de hoje em Goiânia.

Engraçado que não me lembro das refeições nesta casa, como eram feitas, mas nunca passamos fome, graças a Deus.

Passamos alguns meses nesta casa, mas não me lembro quanto tempo. Me lembro que bem pertinho tinha uma pracinha com dois escorregadores e um outro brinquedo de subir e se pendurar, que eu amava. Íamos sempre eu e meu irmão Salviano, pois os outros já estavam maiores e eu também não me lembro o que eles faziam. Minhas memórias de infância estão sempre atreladas ao Salviano. (meu irmão querido que faleceu a um ano atrás no dia 9 de abril de 2023) e faz muita falta pra mim, embora além das brincadeiras tivemos muitas brigas também), coisa de irmãos.

 

terça-feira, 5 de março de 2024

"Sou feita de retalhos". de Cora.

 "Sou feita de retalhos.

Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha e que vou costurando na alma.

Nem sempre bonitos, nem sempre felizes, mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.

Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior...

Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade...

Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.


E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.

E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados...

Haverá sempre um retalho novo para adicionar a alma.


Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim. Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos e que eles possam ser parte das suas histórias.


E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia, um imenso bordado de "nós".

Uma semana abençoada para nossas vidas e nossas Famílias".

Bom dia e Paz esteja conosco.

Cora.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Meditações de Marco Aurélio







https://www.youtube.com/watch?v=bvZQK_gQMHs




 

Sobre a inteligencia emocional e a metafisica

 Segundo Marx a característica da modernidade está em: “todas as relações fixas e congeladas serem dissociadas, ou seja, “tudo que é sólido se desmancha no ar”... (Marx e Engels -1973 p.70).

Portanto as sociedades tradicionais, que veneram o passado e os símbolos que perpetuam a experiência de gerações, podem cometer o erro de não considerar ou não relevar qual o grau de importância tem a inteligência emocional, conforme acontece a evolução destas novas gerações. Por isso alguns autores como Ernest Laclar usa o conceito de deslocamento, ou seja, uma pluralidade de centros de poder dizendo que a sociedade não é o que os sociólogos pensam; ela está constantemente sendo descentrada ou deslocada por forças fora de si mesma.
Como consequências políticas desta fragmentação, podemos analisar a partir de núcleos menores como as mulheres negras, que estavam divididas dependendo de qual identidade prevalecia: sua identidade como mulher, ou sua identidade como negra. Enquanto os homens seguem seu liberalismo. Os homens brancos se dividiam entre a sua política de defesa do racismo ao sexismo. Isso foi chamado por Raymond Willians de jogos de identidade ou movimento das minorias. Construindo-se em identidade a diferença que antes era indivisível, singular e única.  (Raymond Willians - foi um acadêmico, crítico e novelista galês. Seus escritos em política, cultura, literatura e cultura de massas refletiram seu pensamento marxista. Foi uma figura influente dentro da Nova Esquerda).

 Vamos agora eleger alguns dos temas vindo dos menores núcleos para perceber suas identidades, dificuldades e formas de se fazerem ouvir.

René Descartes conhecido como o pai da filosofia, foi  o primeiro a ser influenciado pela ciência Moderna, como já o dissemos, e trabalhou com essa questão do deslocamento de Deus do centro do Universo. Mostrando que o sujeito racional pensante e consciente, situado no centro do conhecimento seria o próprio sujeito cartesiano. Ou seja, um pensamento estabelecido por Descartes em suas obras o “Discurso do Método” (1637) e “Meditações Metafísicas” (1641), onde expressa sua preocupação com o problema do conhecimento.
Quando dizemos problema do conhecimento, é porque percebemos que ligado a ele há um desejo de alto proteção, que chamamos de metafísica, mais especificamente uma metafísica Kantiana, que estuda os fundamentos de toda especulação a respeito de realidades suprassensíveis, ou seja, uma totalidade cósmica, onde Deus ou a alma humana desperta no ser, necessidades para o conhecimento empírico, onde a observação despertará a reflexão a euforia e o medo da proximidade do fim. (KANT, Immanuel. Edições 70, 2007.).

2024 - como projetar o futuro?

 

Temos aqui uma proposta de leituras interessantes que compõem os processos históricos referentes ao sentido da vida; a empreendedorismo; e a processos criativos; estabelecendo condições para que o jovem possa participar de uma sociedade cada vez mais pautada pela tecnologia, criatividade e inovação, utilizando conhecimentos, habilidades e recursos de forma criativa para propor, inventar, inovar; conteúdos pertencentes aos itinerários formativos propostos pela BNCC, com a finalidade de projetar os estudantes   ao enfrentamento com serenidade,  de sua posição social e suas relações recíprocas; assim como caminhos que nos levarão aos eixos estruturantes propostos também através dos estudos  da BNCC.

Temos como ideia inicial instrumentalizar nossos colegas professores, profissionais da educação e leitores que se mostram sempre aptos a se conectar com o mundo cotidiano, somando seus conhecimentos individuais, dando lhes apoio e contribuindo para o processo ensino aprendizagem da educação, mostrando ser possível aliar  teoria e prática.


Faça um teste das multiplas inteligências, quais delas esta em você?

                                                 DAS MULTIPLAS INTELIGENCIAS
 Faça agora o teste das Inteligências Múltiplas, fundamentado na proposta de Howard Gardner, e aprenda um pouco sobre cada um dos tipos de inteligências. 
 - Quanto de inteligência você acha que tem? 
Seus estudos estão corretamente direcionados? Pois saiba que não é só o QI que determina as competências na vida acadêmica e profissional. 
Você pode se surpreender se fizer uma análise mais detalhada da qualidade de sua inteligência. 
O professor e médico Maurício Peixoto, líder do Grupo de Aprendizagem e Cognição da UFRJ, desenvolveu um teste que ajuda cada um a descobrir habilidades e deficiências mais marcantes. 
A pesquisa divide os perfis das pessoas em sete grupos: os de inteligência lingüística, lógico-matemática, visual-espacial, musical, corpóreo-cinestésica, interpessoal e intrapessoal 
 Este teste é bastante utilizado nas principais instituições de ensino do mundo para que os alunos descubram quais as habilidade e profissões estão mais relacionadas com o seu tipo de inteligência principal. Vale lembrar que você, assim como todo mundo, possui um pouco de cada inteligência, sendo que umas são mais desenvolvidas que as outras.
 Descubra mais sobre suas potencialidades 
 Explicações Eu gosto de aprender sobre a minha personalidade 
 1 Eu consigo tocar um instrumento musical 
 2 Acho que é mais fácil de resolver os problemas, quando eu estou fazendo alguma atividade física
 3 Eu sempre tenho uma música ou o trecho de uma música na minha cabeça 
 4 Eu acho que fazer orçamentos e gerenciar recursos financeiros é algo fácil 
 5 Acho que é fácil inventar histórias
 6 Eu sempre tive boa coordenação motora 
 7 Ao falar com alguém, eu fico atento as palavras que a pessoa usa e não no que ela quer dizer 
 8 Eu gosto de palavras cruzadas, caça-palavras e outros quebra-cabeças que envolvam palavras 
 9 Eu não gosto de ambiguidade, eu gosto das coisas bem claras 
 10 Eu gosto de quebra-cabeças de lógica ao estilo SUDOKU 
 11 Eu gosto de meditar 
 12 A música é muito importante para mim 
 13 Eu sou um mentiroso convincente 
 14 Eu pratico um esporte ou a dança 
 15 Sou muito interessado em testes de personalidade e testes de inteligência 
 16 Pessoas que se comportam irracionalmente me irritam 
 17 Acho que a música que me atrai é muitas vezes baseada em como eu me sinto emocionalmente 
 18 Eu sou uma pessoa muito sociável e que gosta de estar com outras pessoas 
 19 Eu gosto de ser sistemático e exaustivo
 20 Acho gráficos e tabelas fáceis de compreender 
 21 Eu arremesso objetos com excelente mira - dardos, flechas, pedras, frisbees, etc
 22 Acho que é fácil de lembrar citações ou frases 
 23 Eu sempre posso reconhecer lugares pelos quais já passei, mesmo que tenham passado muitos anos 24 Eu gosto de uma grande variedade de estilos musicais 
 25 Quando estou concentrado tendo a rabiscar 
 26 Eu posso manipular as pessoas se assim eu quiser 
 27 Eu posso prever meus sentimentos e comportamentos em determinadas situações com bastante precisão 
 28 Faço contas de cabeça facilmente 
 29 Eu posso identificar a maioria dos sons sem ver o que lhes causa 
 30 Na escola, um dos meus temas favoritos era língua portuguesa 
 31 Eu gosto de pensar por um problema com cuidado, considerando-se todas as consequências 
 32 Gosto de debates e discussões 
 33 Eu amo esportes de adrenalina e radicais 
 34 Prefiro os esportes individuais
 35 Eu me preocupo com o que os que me rodeiam sentem 
 36 Minha casa está cheia de imagens, fotografias e quadros
 37 Eu gosto e sou bom em fazer as coisas - eu sou bom com as minhas mãos
 38 Gosto de fazer as coisas ouvindo música em segundo plano
 39 Acho que é fácil de lembrar números de telefone 
 40 Eu estabeleço metas e planos para o futuro
 41 Sou uma pessoa sensível ao tato 
 42 Posso dizer facilmente se alguém gosta de mim ou não
 43 Posso facilmente imaginar como um objeto seria a partir de uma outra perspectiva
 44 Eu nunca leio as intruções para montar móveis ou fazer funcionar eletro-domésticos
 45 Eu acho fácil falar com pessoas que ainda não conheço 
 46 Para aprender algo novo, eu só preciso ver e experimentar que já aprendo 
 47 Costumo ver imagens claras quando eu fecho meus olhos 
 48 Eu não uso meus dedos quando eu conto 
 49 Muitas vezes eu falo para mim mesmo - em voz alta ou na minha cabeça 
 50 Na escola eu adorava as aulas de música 
 51 Quando eu estou no exterior, acho que é fácil de pegar o básico de outro idioma
 52 Acho que jogos de bola são fáceis e agradáveis 
 53 Minha matéria favorita na escola era matemática 
 54 Eu sempre sei como estou me sentindo
 55 Eu sou realista sobre os meus pontos fortes e fracos 
 56 Eu tenho um diário 
 57 Sou consciente da linguagem corporal das outras pessoas 
 58 Minha matéria favorita na escola era arte 
 59 Acho prazeiroso ler 
 60 Eu posso ler um mapa facilmente
 61 Me perturba ver alguém chorar e não ser capaz de ajudar
 62 Eu sou bom em resolver disputas entre outros 
 63 Eu sempre sonhei em ser um músico ou cantor
 64 Eu prefiro esportes de equipe 
 65 Cantar me faz sentir felicidade 
 66 Eu nunca me perco quando estou por conta própria em um novo lugar
 67 Se estou aprendendo a fazer alguma coisa, gosto de ver desenhos e diagramas de como o objeto funciona 
 68 Fico feliz de gastar meu tempo ficando sozinho 
 69 Meus amigos sempre me procuram para apoio emocional e aconselhamento

 https://www.posgrado.net.br/aplicacoes-e-recursos/teste-das-multiplas-inteligencias.html 

Este não é um teste de inteligência, mas sim, um teste de tipo de inteligência. Todos possuem um tipo de inteligência predominante, qual é a sua? 
Inteligência musical Roger Senssions relata que um compositor pode ser prontamente indentificado pelo fato de ter constantemente “sons na cabeça”. Ele está sempre, em algum lugar perto da superfície de sua consciência, ouvindo sons, ritmos e padões musicais maiores. Embora muitos destes padrões valham pouco musicalmente e possam, de fato ser totalmente abandonados, é o quinhão do compositor estar constantemente monitorando e retrabalhando estes padrões. 
De acordo com Roger Sessions, uma composição inicia-se no momento em que idéias começam a cristalizar e assumir forma significativa. Essa idéia capta a atenção do compositor e sua imaginação musical começa a trabalhar sobre ela. 
Há um componente cognitivo presente. A imaginação auditiva é simplesmente o trabalho do ouvido do composi¬tor, completamente confiável e seguro de sua direção como ela deve ser, a serviço da concepção claramente delineada. 
Entre os compositores, as formas de compor são muito variadas. Porém eles frequentemente concordam entre si sobre o que não é música. Por exemplo, Sessions indica que a linguagem não desempenha qualquer papel no ato de compor e e nisto concorda com Schopenhauer que diz: “O compositor revela a essência mais íntima do mundo e profere a mais profunda visão em linguagem que seu raciocínio não entende, assim como um hipnotizador(…)”.

 Atividades: Use a musica para • Integrar música com assuntos de outras áreas • Fazer imagens/figuras com música. • Aprender através de canções. • Fazer imagens/figuras com música • Aprender através de raps • Usar música para relaxar • Mudar de humor com música

Adolescência - uma pequena parte dela

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