quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Modelo de fichamento para as aulas de seminário: Modernidades

FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a sequência do pensamento do autor e destacando: ideias principais e secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às ideias principais. uma espécie de “radiografia” do texto  FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, ideias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo. registro de idéias, segundo a visão do leitor  As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer indicação. FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO  - consiste em resenha ou comentário que dê ideia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados. O Fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores. Citação para o texto e bibliografia  Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.  Objetivo da NBR-10520  Fixar as condições exigíveis para padronização e coerência da seguridade das fontes indicadas nos textos dos tipos de documentos (ABNT, 2002).  Tipos de citação  De acordo com a ABNT, (Associação Brasileira de Normas Técnicas) as formas de citações mais conhecidas são: direta, indireta e citação de citação  Citação direta, literal ou textual Citações diretas, literais ou textuais: transcrição do trecho do texto de parte da obra do autor consultado. Espaçamento 1,5cm Tamanho = 12 Exemplo : A citação com menos de 4 linhas é colocada entre “aspas” Citações indiretas ou livres é o texto baseado na obra do autor consultado (uso de paráfrase). Exemplo 1: Indicação do Autor no começo do texto citar em Caixa Baixa seguida da data Indicação dos Autores separados pela expressão “apud” ou “citado por” Citação de citação Citação de citação é aquela em que o autor do texto não tem acesso direto à obra citada, valendo-se de citação constante em outra obra.  Citação de informação verbal  Os dados obtidos por informação oral (comunicação pessoal, palestras, apontamentos em aula, etc.) podem ser citados e suas referências aparecerão apenas em nota de rodapé.  Teses/dissertações/monografias  SOBRENOME, Nome./Título do trabalho./Ano./ Natureza do Trabalho (Nível e área do curso) - Unidade de Ensino, Instituição, Local.  Ex: MONTAGNA, Adelma Pistun. Expressões de gênero no desenho infantil. 2001. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.  Documentos meios eletrônicos  Páginas da Internet  SOBRENOME, Nome./Título da página./Disponível em:. Acesso em: 23 maio 2001.  Ex: CALDAS, Juarez. O fim da economia: o começo de tudo. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2001.  Artigos de periódicos (Internet)  SOBRENOME, Nome./Título do artigo./Nome da Revista, Local, v. , n. , mês ano. Disponível em: . Acesso em: 23 maio 2001.  Ex: BAGGIO, Rodrigo. A sociedade da informação e a infoexclusão. Ciência da Informação, Brasília, v.29, n.2, maio/ago. 2000. Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2002.  E-mail  SOBRENOME, Nome (autor da mensagem). Título da mensagem. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por data. Ex: SILVA, Mário. Informações eletrônicas [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 11 jun. 2002.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Rapel em Corumbá

O DISCIPULADO EM LUCAS (por: Lázara Alzira de Freitas)

O DISCIPULADO EM LUCAS Resumo: O termo discípulos, vem para se referir a um aprendiz ou seguidor. E o apóstolo se refere a alguém que é enviado. Ele disseminava o conhecimento transformador. É o poder do Espirito Santo, de despertar consciências e fazer vir à tona as verdades. Os doze discípulos ou apóstolos eram homens comuns usados por Deus de maneira fenomenal. Em Lucas, veremos como aconteceu o discipulado de Jesus Cristo. Abstrat: The term disciples come to refer to a learner or follower. And the apostle refers to one who is sent. He disseminated the transformative knowledge. It is the power of the Holy Spirit, raise awareness and to bring out the truths. The twelve disciples or apostles were ordinary men used by God phenomenally. In Luke, we'll see how it happened discipleship of Jesus Christ. Palavras chave: Lucas – o Império Romano - Discipulado Para compreendermos um pouco sobre o discipulado de Jesus Cristo, é interessante perpassarmos por alguns dados importantes como por exemplo a composição do Novo Testamento. Nele a palavra discípulos, vem para se referir a um aprendiz ou seguidor. E a apóstolo se refere a alguém que é enviado. Enquanto Jesus estava na terra, os doze eram chamados discípulos. E seguiram a Jesus Cristo, aprenderam com Ele, e foram treinados por Ele. Após Sua ressurreição e a ascensão, Ele enviou os discípulos ao mundo (Lucas 6:12-16) para que fossem Suas testemunhas. Eles então passaram a ser conhecidos como os doze apóstolos. No entanto, mesmo quando Jesus ainda estava na terra, os termos discípulos e apóstolos eram de certa forma usados alternadamente, enquanto Jesus os treinava e enviava para pregarem. Os doze discípulos ou apóstolos eram homens comuns usados por Deus de maneira fenomenal. Entre os 12 estavam pescadores, um coletor de impostos, um revolucionário. Os Evangelhos registram as constantes falhas, dificuldades e dúvidas destes homens que seguiram a Jesus Cristo. Após testemunharem a ressurreição e a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo transformou estes discípulos apóstolos em homens poderosos de Deus que viraram o mundo de cabeça para baixo (Atos 17:6). Em Roma a base econômica no império era o comércio com a exploração do trabalho escravo. Mas além da mão de obra escrava, havia trabalhadores(as) livres: artesãos independentes, camponeses e pescadores que trabalham para garantir o próprio sustento e de suas famílias. Sobre eles, o império fazia pesar sua mão de ferro, exigindo o pagamento de impostos, o trabalho forçado e o serviço militar. Esse modelo econômico produziu grande número de necessitados. Em contrapartida, tanto em Roma como nas províncias do império existia também uma grande leva social rica, onde nobres, aristocratas, sacerdotes, magistrados, juízes, alta classe de administradores e generais, se beneficiam do modelo econômico imperial e mantinha sua riqueza e seus privilégios às custas das camadas mais pobres. Essa elite monopoliza informações para usa las em proveito próprio, assim como os recursos financeiros que o poder central disponibiliza para obras e benfeitorias, manobrando tudo a seu favor. Esse modo de administrar era conhecido pelo nome de patronato, modelo que abrange todas as relações sociais, desde o imperador até os estratos sociais mais pobres. O imperador, como o grande protetor da sociedade, beneficiava os administradores e as elites locais com doações de cargos, títulos de honra e títulos de terras. Dessa forma, criava laços de gratidão, submissão e dependência. O mesmo se dava com os administradores locais e as pessoas ricas de diferentes cidades e províncias, que faziam “pequenos agrados” ao patrono. Devendo honra-lo publicamente respeitando-o na cidade, uma vez que realizava obras em benefício público. Outro recurso que o império romano utilizava para expandir seu poder e manter o controle social era a divinização da imagem do imperador, exibindo-a em moedas, broches, taças, estátuas e altares. É bom lembrar que o título de Augusto, usado pelo imperador, significava “venerável”. Além do sistema patronal e dos cultos oficiais ao imperador, o império romano possuía um exército bem equipado e bem pago, que garantia sua estabilidade. Era o Senatus popolusque romanus ou senado e o povo romano. Tudo isso na história do Império Romano é importante para entender Lucas como um dos Discipulados de Cristo. - Deuses - Imperador - Senado - Patronato (Equestres – podiam ser os generais, assim como cavaleiros de alto nível ou subiriam de nível) - Plebeus - Livres O império, por meio de sua política econômica, soube se beneficiar de todas as atividades: e cobrava, com mãos de ferro, as taxas e impostos, o que levava os pequenos comerciantes e produtores rurais à falência. Os ricos se mantinham, pois eram donos de latifúndios e estavam inseridos na “rede” comercial. Isso fez crescer, cada vez mais, a diferença entre ricos e pobres. Os primeiros quatro livros do Novo Testamento, trazem questões sobre a vida, os ensinamentos e a morte de Cristo, e significa para a humanidade cristã A Boa Nova. Eles foram escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João, mas nem todos eles escreveram como testemunhas oculares, apenas Mateus e João foram apóstolos de Cristo e escreveram de fato como testemunhas oculares. Marcos, era médico e escreveu depois da crucificação de Jesus, baseado nas lembranças transmitidas pelo Apóstolo Pedro. Mas veremos a eleição dos doze e especificamente o discipulado dos mesmos neste trabalho, através de Lucas. Procurando desvelar sua origem, aprendizado, conversão e formas de repassar seu aprendizado, para fazer novos discípulos de Jesus Cristo. Eleição dos doze ( Lc 6:12 - 16) 12 E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. 13 E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: 14 Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; 16 E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. O sermão da montanha (Lc. 6: 17-26 ) 17 E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão de povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais tinham vindo para o ouvir, e serem curados das suas enfermidades, 18 Como também os atormentados dos espíritos imundos; e eram curados. 19 E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos. 20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. 21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. 22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem. 23 Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas. 24 Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação. 25 Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis. 26 Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. Lucas era um cristão de formação grega nascido em Antióquia, na Síria, seus textos são os de maior expressão literária do Novo Testamento. Tendo um estilo literário, acredita-se que pertencia a uma família culta e abastada e, de acordo com a tradição, exercia a profissão de médico e tinha talento para a pintura. Antioquia foi uma cidade antiga erguida na margem esquerda do rio Orontes; é a moderna Antaky na Turquia. Que atualmente tormou-se em um sítio arqueológico. Foi fundada nos finais do século IV a.C. por Seleuco I Nicator, que a tornou a capital do seu império. Seleuco servira como um dos generais de Alexandre III da Macedônia, e o nome Antíoco ocorria frequentemente entre membros da sua família. Lucas é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4.14 - 2 Tm 4.11 - Fm 24). E na verdade, pouco se sabe a respeito da sua vida. Têm alguns julgado que ele foi do número dos setenta discípulos, mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10.1) embora outros, pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12.20), outros ainda, consideram que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm querido identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13.10. Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4.11). Antioquia ocupa um importante lugar na história do cristianismo. Foi onde Paulo de Tarso pregou o seu primeiro sermão (numa sinagoga), e foi também onde os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez de cristãos (Atos 11:26). Lucas fora discípulo de Paulo de Tarso, que também não foi testemunha ocular de Cristo, mas fez uma pesquisa criteriosa para ordenar os fatos e os ensinos dAquele a quem conhecera como Mestre, baseando-se boa parte dela nas lembranças de Maria, a mãe de Jesus. Sendo assim, veremos em um primeiro plano um pouquinho de Paulo e seu ambiente de vida, visto ser este ambiente, o mesmo vivido por Lucas, por longa data, E acreditamos, ter tido forte influência na sua formação como discípulo. Paulo é definido como biblista e fundador de comunidades. No vers. 27 “Mas o que é loucura no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e o que é fraqueza no mundo, Deus o escolheu para confundir o que é forte”, temos a chave da compreensão da pequena comunidade (ekklesia). Enquanto o modelo do império excluía, marginalizava, escravizava, e dividia a sociedade em classes, priorizando o lucro, a luta pelo poder e por status social, a comunidade cristã deveria incluir, partilhar, promover, integrar, a igualdade social, a fraternidade, a solidariedade e o amor. E os fracos eram os mais necessários na ekklesia (pequena comunidade) e Paulo era muito firme com todos eles, e mostrava que a divisão deveria ser superada cap. 12 -25 “a fim de que não haja divisão no corpo, mas os membros tenham igual solicitude uns com os outros.” E os chamava de irmãos. Este era um termo colocado por Paulo em Cor. 1. 10. A Ekklesia dividia-se em: esclarecidos e espiritualistas glossolálicos (falavam várias línguas) pobres e escravos Aproveitando-se da camada pela qual ele pertencia, não hesitava e não temia anunciar a Jesus de Nazaré, o crucificado. Ao contrário, considerava-se o último dos chamados por Jesus. Não hesitava, porém, em se propor como exemplo a ser seguido; não como mérito, mas para mostrar que seguir a Jesus crucificado exige transparência, desapego e coerência. Esta era sua verdadeira estratégias, falar de como ocupava o seu tempo e envolvia as pessoas que trabalhavam com ele, como as respeitava e encorajava, como planejava, como rezava, como amava as comunidades. Assim era Cristo e Seus discípulos, usaram comparações e ilustrações que estimulassem a compreensão da verdade. Afirmava que quando fosse apropriado, não deveremos ter medo de fazer o mesmo. Segundo Lucas, Cristo citava as Escrituras em conexão com Seus apelos ao discipulado. Isso sugere que a autoridade e a credibilidade de Jesus estavam nas Escrituras, e não apenas no carisma pessoal. Isso é visto especialmente na maneira pela qual Jesus usou as Escrituras quando dialogou com os dois discípulos no caminho de Emaús. "Ensinando esses discípulos, Jesus mostrou a importância do Antigo Testamento como testemunha de Sua missão" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 796-799). O Evangelho de Lucas esta representado como o terceiro dos quatro evangelhos canônicos. E relata a vida e o ministério de Jesus Cristo, detalhando a história dos acontecimentos desde o Seu nascimento até Sua Ascensão. Lucas é tradicionalmente identificado como o evangelista. Em algumas de suas histórias, como a do Filho Pródigo e também o Bom samaritano, a ressurreição do jovem de Naim (7:11-17),a missão dos 72 discípulos ( 10:3-12), do administrador infiel ( 16:1-9), do rico e o Lázaro ( 16:19-31) e do fariseu e do publicano ( 18:9-14).são encontrados somente no evangelho de Lucas. A obra tem uma ênfase especial sobre a oração, e as atividades do Espírito Santo, assim como a alegria e o cuidado de Deus para com os pobres, as criancinhas e as mulheres. O intelecto deve ser cultivado, no entanto, ele sozinho pode expressar de forma insuficiente toda a personalidade humana, e Jesus ajustou as verdades eternas de uma forma que ia lém do mero intelecto. Ele falou por intermédio de figuras concretas extraídas da vida cotidiana, a fim de alcançar as pessoas onde elas estavam. Todos podiam entende-Lo. Eram verdades profundas transmitidas por meio de parábolas em imagens e metáforas. E essa forma de alcançar a todas pessoas, discipulando-as, foi claramente mostrada por Lucas em seu Evangelho. Lucas apresenta Jesus como o Filho de Deus, mas volta sua atenção especialmente para a humanidade dEle, com Sua compaixão para com os fracos, os aflitos e os marginalizados. Segundo Lucas o discipulado ensinado por Jesus Cristo, também requeria preparação. Milagres de multiplicação de alimentos, curas espetaculares e o aparente sucesso poderiam levar os discípulos em potencial a supor que seguir a Jesus fosse fácil. Entretanto, Jesus incentivou Seus ouvintes a estudar o quadro completo. Sacrifício pessoal, sofrimento, humilhação e rejeição constituíam custos consideráveis. Observe que Jesus escolheu transmitir essa mensagem usando a linguagem metafórica, embora pudesse ter oferecido uma lista de desvantagens específicas que os discípulos poderiam encontrar. Percebemos que um dos propósitos de Lucas, foi relatar o início do Cristianismo. E como companheiro de Paulo, que em contato com Maria, a mãe de Jesus, faz com que ele trabalhe os primeiros anos do Mestre, e isto nas comunidades fundadas por Paulo. Seu livro é uma história teológica, e foi dividido em três fases: a primeira trabalha desde o Antigo testamento (o tempo da promessa), terminando com João Batista, a segunda consiste no ministério terrestre de Jesus (o tempo do cumprimento)e a terceira é a vida da igreja após a ressurreição de Cristo (o tempo final)de forma a transmitir a imagem de Cristo através da fé. O livro contém ao todo 24 capítulos. O autor retrata o cristianismo como divino, respeitável, cumpridor da lei, mostrando que a compaixão de Jesus estende a todos os que estão necessitados. As mulheres são importantes entre os seus seguidores, os samaritanos desprezados são elogiados e os gentios são prometidos a oportunidade de aceitar o evangelho. Enquanto o Evangelho é escrito como uma narrativa histórica, muitos dos fatos retratados nele são baseados em tradições orais e anteriores aos quatro Evangelhos canônicos. Segundo dados pesquisados, Lucas usou o Evangelho de Marcos para a sua cronologia e provavelmente também, pode ter utilizado registros escritos independentes. As pesquisas tradicionais tem datado a composição do evangelho de Lucas, para o início dos anos 60 d.C., enquanto que outros datam para décadas mais tarde do século I. Converteu-se ao cristianismo e tornou-se discípulo e amigo de Paulo de Tarso, porém segundo seu próprio relato, não chegou a conhecer pessoalmente Jesus Cristo, pois ainda era muito criança quando o Messias foi crucificado. Não sabemos onde e quando se converteu ao cristianismo. Mas cedo, aparece como membro da comunidade antioquena. Paulo o chamava de colaborador e de médico amado e segundo o testemunho dos Atos dos Apóstolos e das Cartas de São Paulo, que constituem os únicos dados biográficos autênticos, acompanhou o apóstolo em sua segunda viagem missionária de Trôade a Filipos, onde permaneceu por seis anos seguintes. Mais tarde acompanhou Paulo novamente, desta vez numa viagem de Filipos a Jerusalém (57-58). E também esteve presente na prisão do apóstolo em Cesaréia, acompanhando o até Roma. Com a execução do apóstolo e seu mestre, provavelmente no ano de 67, Lucas deixou Roma e, de acordo com a tradição cristã, enquanto escrevia seu Evangelho, teria pregado em Acaia, na Beócia e também na Bitínia, onde provavelmente teria morrido por volta do ano 70. Mas sobre sua morte, nada está definitivo, existem várias versões sobre o local e como morreu. Uma versão registra que foi martirizado em Patras e, segundo outras, em Roma, ou ainda em Tebas. O que se sabe é que Lucas sempre foi comprometido com a verdade histórica, e registrou em seu evangelho o que ouvira diretamente dos apóstolos e discípulos que testemunharam a vida de Jesus. Uma tradição bizantina mais tardia, no século VI, quase com certeza apócrifa, considera que ele também se dedicava à pintura e chegou a lhe atribuir alguns retratos de Maria, mãe de Jesus. O exame do vocabulário de seu Evangelho levou a crítica moderna a confirmar a antiga tradição de que era um médico e excelente escritor, preocupado em manter-se fiel aos fatos históricos e, politicamente, com as injustíças sociais. Seu símbolo como evangelista é o touro e, na tradição litúrgica, seu dia é comemorado em 18 de outubro. Os estudiosos da Bíblia acreditam que o autor do Evangelho de Lucas também escreveu o Atos dos Apóstolos. Muitos acreditam que o Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos originalmente constituíam uma obra de dois volumes, chamados de Lucas-Atos. O Atos dos Apóstolos, que vem logo depois do Evangelho de João, fala das atitudes dos apóstolos após a crucificação de Jesus, começando com o evento chamado de Pentecostes, e continuando mais atento à vida e às viagens do apóstolo Paulo, abrangendo um período de mais de trinta anos após a morte de Jesus. Jesus é o exemplo para todos os cristãos, e para os discípulos ficou claro Seu nível de comprometimento com as Escrituras, que se torna mais do que uma questão de interesse passageiro, acima de tudo uma forma de evangelizar demostrando aos irmãos através de metáforas, símiles, parábolas, alegorias e outros exemplos de linguagem criativa permitindo a comunicação de modo compreensível. Com base nas experiências do ouvinte, Cristo e Seus discípulos usaram comparações e ilustrações que estimulavam a compreensão da verdade. Quando for apropriado, não devemos ter medo de fazer o mesmo. Lucas 19:29 : E aconteceu que, chegando perto de Betfagé, e de Betânia, ao monte chamado das Oliveiras, mandou dois dos seus discípulos, Lucas 19:37 : E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto. O discipulado também requer preparação. Milagres de multiplicação de alimentos, curas espetaculares e o aparente sucesso poderiam levar os discípulos em potencial a supor que seguir a Jesus fosse fácil. Entretanto, Jesus incentivou Seus ouvintes a estudar o quadro completo. Sacrifício pessoal, sofrimento, humilhação e rejeição constituíam custos consideráveis. Jesus Cristo reconhecendo que sua permanência pela terra fosse breve, dedicou-se à formação de discípulos para que estes continuassem seu trabalho, depois que Ele partisse. Ele era o Mestre professor e treinador, o que envolvia treinamento relacionados a transmissão de conhecimentos agregados a prática que envolvia a qualificação por meio de disciplina. Os discípulos foram preparados como lideres, mas não podiam se esquecer de beber da fonte que os inspiravam e buscar sempre o crescimento, para enfrentar futuros desafios, em todos os lugares, e para todas as pessoas. “Em nome do Senhor, levantemos a voz em louvor e ações de graças pelos resultados da obra no exterior”. O conhecimento Bíblico, deve vir combinado com o Espirito de Deus, e assim terá força para transformar indivíduos e as sociedades. Por meio da fé e dos estudos da palavra de Deus. Os discípulos se viram como líderes cristãos e compreenderam a necessidade de cultivar ambos os elementos, não somente em si mesmos, mas também naqueles que serão seus discípulos. Afinal o conhecimento espiritual é indispensável à transformação e ressignificação do ser e mostrada pelo próprio Cristo, em diversos lugares, nos vales, montanhas, ao ar livre ou nas sinagogas, Ele disseminava o conhecimento transformador. É o poder do Espirito Santo, despertar consciências e fazer vir à tona as verdades. E só assim será completa, quando a experiência vier dirigida e fortalecida pelo conhecimento. Este é o discipulado de Jesus Cristo. BIBLIOGRAFIA Reimer. Ivone R. e Haroldo - Perspectivas – interpretação e recepção de textos bíblicos (Rogerio Regis de Azevedo). Reimer. Ivone R. e Haroldo – Leituras - interpretação e recepção de textos bíblicos (Ivone Richter Reimer) White. Ellen G., O Desejado de Todas as Nações,( p. 796-799). – Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP. White. Ellen G., Atos dos Apóstolos – A Igreja que transformou o mundo – Casa Publicadora Brasileira – Tatuí – SP.

Adolescência - uma pequena parte dela

  Adolescência   Dos onze aos quatorze anos eu estudei no CCCM, fica ao lado da Igreja Coração de Maria, na Av. Paranaíba no Centro de Goi...