sexta-feira, 27 de abril de 2012

Morre lentamente (Pablo Neruda)

Morre lentamente quem não viaja, Quem não lê, Quem não ouve música, Quem destrói o seu amor-próprio, Quem não se deixa ajudar. 
 Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito, Repetindo todos os dias o mesmo trajecto, Quem não muda as marcas no supermercado, não arrisca vestir uma cor nova, não conversa com quem não conhece. 
 Morre lentamente quem evita uma paixão, Quem prefere O "preto no branco" E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis, Justamente as que resgatam brilho nos olhos, Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. 
 Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, Quem não se permite, Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. 
 Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante, Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece E não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o Simples acto de respirar. 
 Estejamos vivos, então!» 
 Pablo Neruda




quinta-feira, 26 de abril de 2012

Revogação de Alforrias

Segundo Keila Grinberg em seu texto: Reescravização, Direitos e Justiças no Brasil do Século XIX, falando sobre as revogações de alforrias, ela conta sobre um casal de escravos: Martha e sabino, que sendo escravos do Sr. João Vaz da Silva, que os herdou de seus pais. João vivia com a esposa, os filhos e os dois escravos. Tinha ainda o Conrrado “idiota coitado” que não era contado. Os Escravos viveram cativos até o fim da vida de João . Quando só aí ele libertou Sabino e alforriou Martha, mas esta só seria livre com a morte de seu Senhor. Com a morte de João, Martha ainda permaneceu por um tempo na casa, auxiliando sua ex senhora, mas, partiu logo depois, desgostosa das interferências em sua vida. Martha mudou-se para a casa de Manoel Rodrigues Viana, mas sendo muito procurada e importunada pelos filhos de João, achou por bem mudar-se para além do Rio das Velhas. Passados seis (6) anos, resolveu volta junto com Sabino. E aí foi apreendida pelos filhos de João que os queriam de volta como escravos. A alegação dos filhos era que o pai, tendo mais de 80 anos, já não gozava de suas faculdades mentais, como antes. Pediram a justiça as anulações das alforrias, e que os dois fossem declarados em condição servil. Diziam: “a velhice é uma enfermidade gravíssima e perpétua” , que atingia a todos maiores de 70 anos; conforme rezava o Parágrafo 5, título 104. Livro 4, das Ordenações Afonsinas. Portanto ao libertar seus escravos não dispunha de capacidade para exercer ato civil ou judicial, ou até extrajudicial. Não podendo exercer seus direitos nem contrair obrigações valiosas, principalmente de dispor de TODOS os seus bens em prejuízo da mulher e dos filhos. O CURADOR alegou que seus clientes baseavam no “direito social e natural” e nem adiantava Martha e Sabino denunciá-los por ambição e desumanidade. Nem mesmo pedindo provas das imperfeições mentais de João. Ou que como já havia se passado 6 anos de liberdade e qualquer ação de escravidão já estaria prescrita. O juiz entendeu que as cartas deveriam ser prescritas, alegando direitos adquiridos pelos herdeiros. Isso, em pleno século das Luzes (sec. XIX). A historiografia vem se dedicando a analisar esse processo, impetrados por escravos. Temos: Sidney Chalhoub; Hebe Mattos; Eduardo Spiller Pena; Elciene Azevedo e Joseli Mendonça. A revogação da alforria pode acontecer quando da escravização ilegal de descendentes de indígenas, de libertos ou de africanos chegados no Brasil após a lei de 1831, que proibia o tráfico atlântico de escravos. Segundo Judy Bieber o fim do trafico negreiro, acabou por fomentar práticas de reescravização de libertos, com o objetivo de dar conta da demanda por escravos na região do Vale do Paraíba. Casos de pessoas que já haviam conseguido a alforria em regiões como Minas Gerais e Goiás, mas foram escravizadas e vendidas para o sul, até mesmo com a participação de autoridades municipais. Muitos casos de revogação da Alforria leva a discussões dos casos das leis sobre os escravos e tornam essa pratica cada vez menos legítimas, tendo como ponto, avaliar as práticas da reescravização e manutenção da liberdade, julgada pelas cortes de apelação do Rio de Janeiro, conseguindo a crescente perda de legitimidade. A intenção é chamar a atenção para os casos a partir da ótica do direito. A classificação desses motivos ficaram da seguinte forma: * carta de alforria 31% – quando os escravos argumentam que os senhores ou seus herdeiros lhes haviam concedido alforria e depois voltado atrás. * ventre livre 11% – quando as famílias de escravos argumentam ser filhos, netos ou bisnetos de pessoas ilegalmente escravizadas, fosse por serem libertas, fosse por terem origem indígena. * compra de alforrias 13% – quando os escravos ou terceiros pediam arbitrariamente de seu valor para apresentar pecúlio. Essas ações foram consideradas um conjunto único e classificadas por mim segundo o “tipo” de argumento que envolviam. * Violência e prostituição 4%. * Tráfico 3%. • Escravidão e manutenção de liberdade 27%. • Outros 11%. • Demais ações 73%. Indivíduos cativos solicitam a homens livres que assinassem petições por eles; argumentando razões suficientes para processar o Senhor. Os casos tratavam de discutir medidas possíveis para reaver a doação de liberdade. O momento era de passagem de liberdade para escravidão e não ao contrário. As ações de escravidão eram iniciadas por senhores que queriam reaver seus escravos. Desta forma foi possível demonstrar o quão instável era a vida dos escravos. De 1808 a 1830 – as ações de reescravização eram de 5%; de 1831 a 1850 subiram para 25%; e de 1851 a 1870 chega a 65%; só vindo a baixar de 1871 a 1888 chegando a 20%, isso conforme dados estatísticos do Tribunal da Relação - Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Esses processos levantavam questões sobre a justiça oitocentista, afinal só tinham eficácia se fossem aprovados pelos juízes. Os juízes fundavam-se segundo Linine Nequete no alvará de 10 de março de 1682, que reprimiu com medidas contra os quilombolas de Palmares, o Alvará estabelecia que aquele escravo antes de ir para o quilombo deveria voltar a escravidão, caso fosse exigido até um prazo de 5 anos. Segundo Naquete, só a partir desta data, se conheceu caso de revisão causa, dando a ROSALINA FERNANDES DE ALMEIDA e seus filhos menores, alegando que ela viva como livre, em virtude da prescrição de cinco anos, decretada no parágrafo 5. A liberdade do índio é estratégica, tem intuito de catequizá-lo na fé católica. Missão de liberdade que só se conseguirá se o índio for catequizado. Quanto ao escravo fugido, mesmo passando 5 ou quanto anos fossem (conforme a legislação romana, onde os imperadores Justino e ou Maximiano, estabeleceu prazo de 10 ou 20 anos de posse contínua da liberdade) como prescrição da escravidão. Isso quando o escravo não ingressava em um mosteiro. Mas alguns casos foram revistos e dado aos escravos a liberdade, como no caso de SEBASTIANA, nascida antes da promulgação da lei 1871, sua mãe ANASTÁCIA, fora matriculada com a nota de fugida, mas seus filhos, que provavelmente tinham nascido após a lei do ventre livre e desta forma o juiz considerou o pedido procedente, em corte de Apelação do Maranhão, alegando nulidade manifesta e injustiça notória. O jornal GAZETA JURÍDICA, já se manifestava e publicou de 1879, manifestando sua indignação contra o que considerava uma intromissão imprópria do supremo Tribunal de Justiça na propriedade alheia. O redator da Gazeta Jurídica parece ter tocado no ponto fundamental da discussão: saber até que ponto poderia ir a jurisprudência sobre o assunto. Ou melhor a real preocupação do redator era identificar que efeitos ela provocaria. Lázara Alzira de Freitas

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Vida Quis Assim (Oswaldo Montenegro)

Me fale das andanças ex amor Dos melhores momentos que passou Me fale que vou te falar dos meus Eu tenho todo tempo pra ouvir Os melhores momentos que eu vivi São todos que passei ao lado teu. Mas se você quiser não vou lembrar, Pra não te constranger Me ver chorar A gente fala então do que virá Eu tenho toda vida pela frente E vou viver da forma mais urgente Quem sabe um dia eu pare de te amar. E mesmo que isso possa acontecer Eu vou sentir saudade de você Que culpa pode ter o coração Que pena que a vida quis assim Você viver feliz longe de mim A dor rindo da minha solidão... Se alguém vier pedir o meu conselho A gente não aprende no espelho A gente vive e sofre pra aprender Cada amor é tanto e diferente A vida insiste em dar esse presente Comece o dia amando mais você! E mesmo que isso possa acontecer e Eu vou sentir saudade de você Que culpa pode ter o coração Que pena que a vida quis assim Você viver feliz linge de mim A dor rindo da minha solidão Se alguém vier pedir o meu conselho A gente não aprende no espelhi A gente vive e sofre pra aprender E cada amor é tanto e diferente A vida insiste em dar esse presente Começe o dia amando mais você!

As Revoluções dos EUA e França do séc. XVIII

As Revoluções dos EUA e França do século XVIII Introdução Antes da Independência, os EUA era formado por treze colônias controladas pela metrópole: a Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte-americanos. Colonização dos Estados Unidos Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano é importante conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas: - Colônias do Norte : região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que fugiam das perseguições religiosas. Chegaram na América do Norte com o objetivo de transformar a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características : mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o consumo do mercado interno. - Colônias do Sul : colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação para a metrópole e monocultura. Guerra dos Sete Anos Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra pela posse de territórios na América do Norte e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente, as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram protestos e manifestações contra a Inglaterra. Metrópole aumenta taxas e impostos A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar: Lei do Chá (deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa), Lei do Selo ( todo produto que circulava na colônia deveria ter um selo vendido pelos ingleses), Lei do Açúcar (os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas). Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston ( The Boston Tea Party ). Vários colonos invadiram, a noite, um navio inglês carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados ingleses cercando a cidade. Primeiro Congresso da Filadélfia Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista, pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia. Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário, adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de independência. Segundo Congresso da Filadélfia Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha. Constituição dos Estados Unidos Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características iluministas. Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão. Estados Unidos da América (em inglês: United States of America; [juːˈnaɪ.təd ˈsteɪʦ əv əˈmɛ.ɻɪ.kə]), ou simplesmente Estados Unidos (em inglês: United States; AFI: [juːˈnaɪ.təd ˈsteɪʦ]), são uma república constitucional federal composta por cinquenta estados e um distrito federal. A maior parte do país situa-se na região central da América do Norte, formada por 48 estados e Washington, D.C., o distrito federal da capital. Localiza-se entre os oceanos Pacífico e Atlântico, fazendo fronteira com o Canadá a norte e com o México a sul. O estado do Alasca está no noroeste do continente, fazendo fronteira com o Canadá no leste e com a Rússia a oeste, através do estreito de Bering. O estado do Havaí é um arquipélago no Pacífico Central. O país também possui vários outros territórios no Caribe e no Pacífico. Com 9,37 milhões de km² de área e cerca de 309 milhões de habitantes, os Estados Unidos são o quarto maior país em área total, o quinto maior em área contínua e o terceiro em população. O país é uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, produto da forte imigração vinda de muitos países.[8] A economia dos Estados Unidos é a maior economia nacional do mundo, com um produto interno bruto que em 2008 foi de 14,2 trilhões de dólares, o que foi equivalente a um quarto do valor do PIB nominal mundial e um quinto do PIB mundial por paridade do poder de compra.[9][nota 2] Os povos indígenas, provavelmente de origem asiática, habitam o que é hoje o território dos Estados Unidos desde há muitos milhares de anos. Esta população nativa americana foi muito reduzida após o contato com os europeus devido a doenças e guerras. Os Estados Unidos foram fundados pelas treze colônias do Império Britânico localizadas ao longo da costa atlântica do país. Em 4 de julho de 1776, foi emitida a Declaração de Independência, que proclamou o seu direito à autodeterminação e a criação de uma união cooperativa. Os estados rebeldes derrotaram a Grã-Bretanha na Guerra Revolucionária Americana, a primeira guerra colonial bem sucedida da Idade Contemporânea.[10] A Convenção de Filadélfia aprovou a atual Constituição dos Estados Unidos em 17 de setembro de 1787; sua ratificação no ano seguinte tornou os estados parte de uma única república com um forte governo central. A Carta dos Direitos, composta por dez emendas constitucionais que garantem vários direitos civis e liberdades fundamentais, foi ratificada em 1791. No século XIX, os Estados Unidos deslocaram as tribos nativas, adquiriram o território da Luisiana da França, a Flórida da Espanha, parte do território do Oregon do Reino Unido, Alta Califórnia e Novo México do México e o Alasca da Rússia, e anexaram a República do Texas e a República do Havaí. Os litígios entre o sul agrário e o norte industrializado do país sobre os direitos dos estados e sobre a expansão da instituição da escravatura, provocaram a Guerra de Secessão, que decorreu entre 1861 e 1865. A vitória do Norte impediu a separação do país e levou ao fim da escravidão legal nos Estados Unidos. Na década de 1870, a economia do país tornou-se a maior do mundo.[11] A Guerra Hispano-Americana e a Primeira Guerra Mundial confirmaram o estatuto do país como uma potência militar. A nação emergiu da Segunda Guerra Mundial como o primeiro país com armas nucleares e como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O fim da Guerra Fria e a dissolução da União Soviética deixaram os Estados Unidos como a única superpotência restante no planeta. O país responde por 41% dos gastos militares do mundo[12] e é um forte líder econômico, político e cultural no planeta. Contexto Histórico: A França no século XVIII A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina. A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas. A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho. A Revolução Francesa (14/07/1789) A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. O lema dos revolucionários era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês. Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793.O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução. No mês de agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo. Girondinos e Jacobinos Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres. A Fase do Terror Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época. A burguesia no poder Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assumi o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura. Conclusão A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tabacaria (Fernando Pessoa)

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordámos e ele é opaco,
Levantámo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, para o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.
Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu. Fernando Pessoa, 1888-1935, poeta português

DA MONARQUIA ABSOLUTA AO ILUMINISMO (continuação)

16- Beccaria foi muito influenciado tanto pelo iluminismo, quanto pela temporada passada nas masmorras, patrocinada pelo próprio pai, que não queria que ele casasse com uma determinada senhorita.
17- Aos 25 anos buscando partir da concepção do Pacto Social, ele vê saídas para as injustiças do sistema penal.
18- Este sistema, através dos juízes com poderes Absolutos, não deixavam que a legislação fosse clara, e usavam de torturas e penas muitas vezes muito maiores que o necessário, para os processos. O sistema funcionava partindo do pressuposto de que o indivíduo era culpado, e massacrado pelas torturas, acabava por confessar, não tendo como provar sua inocência.
19- Beccaria traduziu o que tornou-se no Ocidente a base dos Direitos individuais.. Considerava que as leis deveriam ser pactos entre os homens livres. E a pena só deveria existir por necessidade e ter medida o dano cometido a Nação e não a intenção de vingança.
20- As penas deveriam ser aplicáveis, de forma a dar retorno para a sociedade.
21- A crueldade: ALGUNS QUESTIONAMENTOS (PAGINAS 216 – 217)
a- Leva a impossibilidade de ter proporção entre delito e pena
b- Servem de espetáculo e assim levam ao esquecimento mais rápido.
c- Qual será o direito que os homens se reservam de trucidar seus semelhantes?

22- Conforme o pensamento iluminista só existem dois motivos que podem dar à morte:

a- Se o indivíduo for uma ameaça Nacional.
b- Se a existência do indivíduo levar a uma Revolução.

23- Beccaria defende a prisão perpétua, mas é totalmente contra a tortura. E ainda indica os tipos de provas eficazes e analisa-as de forma a apontar as melhores para uma condenação baseada no princípio de justiça.
24- As provas podem ser PERFEITAS: são as que excluem a possibilidade de alguém não ser culpado. E as IMPERFEITAS: são necessárias tantas quantas bastem para formar uma prova perfeita. E ainda a PROVA TESTEMUNHAL, neste caso é necessário a credibilidade da testemunha.
25- As mulheres não são boas testemunhas, pois segundo Beccaria, elas depõem com sentimentos e paixões. Mas sua sensibilidade fez com que guerras NÃO fossem as vias de fato.
26- Beccaria adverte que as acusações não devem ser secretas, e que os julgamentos sejam públicos assim como as provas e os delitos, para que a opinião que é talvez a base da sociedade, ponha um freio à força das paixões.
27- Beccaria busca soluções racionais, por ser um iluminista e trabalha através da prevenção. Segundo ele as leis não previnem delitos, mas para preveni-los é necessário leis claras, e que não beneficiem a determinadas classes e sim ao homem.
28- Flavia Lages, sita além de Beccaria, outros iluministas como:

a- Jean-Paul Marat 1743-1793 “Para os iluministas, os indivíduos que não obtêm da sociedade mais do que desvantagens não estão obrigados à lei.”
b- Karl F. Hommel 1722-1781 – Ele é o tradutor de Beccaria para o alemão ( não mudou a forma de pensamento dos originais).
c- Manuel de Lardizabal Y Uribe 1739-1820 – Para ele as penas se fundam no contrato social, mas o fundamento da legalidade não está no contrato, mas na prevenção.
d- Edward Livingstone 1764-1836 – deve atuar mais na alma que no corpo, para isso o individuo que pratica um delito deve ser aprisionado para que sinta a privação de liberdade, deve estar em estado de solidão para que reflita trabalhe para prevenir a ociosidade e seja instruído.
e- Antonine-Joseph – Michel Servan 1739-1807 – falava sobre a distinção entre crime e delito
f- Pascoal Jose de Melo Freire dos Reis 1738-1789 – Para Reis a finalidade da pena deve ser: corrigir o apenado, fazer o melhor aos outros, separar os maus dos bons para que estes últimos vivam mais tranquilamente.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Da Monarquia Absoluta ao Iluminismo

1- O Antigo Regime foi marcado pelo poder de coerção,e para tanto era necessário ter um exército próprio e permanente. O rei deveria buscar meios econômicos, tornando-se primordial, tributar os súditos de forma a conseguir ter fluxos de dinheiro suficiente para esta força de coerção e para o pagamento de uma burocracia.
2- Segundo Pierre Anderson, o Antigo Regime foi marcado por uma política de capitalismo comercial e um sistema colonial monetário. Essa política era o Mercantilismo = conjunto de praticas econômicas de acordo com os Estados, com tendências de unificar o mercado, mas com finalidade de formação dos Estados Nacionais. Segundo Pierre Anderson, através desta política, não houve uma ruptura e sim uma continuidade entre Idade Media e Moderna (talves chamada de transição)
3- As fases do Mercantilismo foram:
a- Metalismo (busca de metais preciosos).
b- Colonização / com incentivo a manufatura.
c- Balança Comercial Favorável.
d- Monopólio/ com protecionismo alfandegário.
4- Segundo Pierre Anderson, o melhor exemplo histórico de Absolutismo, é o da França do século XVII de Luis XIV, que afirmou “ que o Estado sou eu” e assim entrou para a história como “o humilde”, apelidado de “REI SOL”, já que tudo girava em torno dele. Luis XIV governou a França por mais de meio século (1661 a 1715) e seu reinado foi um exemplo de centralização de poder. Com sua morte, a França ficou arruinada apesar de alguns bolsões de prosperidade, e sua população tinha 10% a menos que antes de seu reinado. Em seu leito de morte ele fez a distinção entre sua pessoa e o Estado: “Eu me vou, mas o Estado permanecerá sempre”. Adminitindo que o Rei não tem propriedade, mas a soberania do Estado.
5- Tamanha centralização era justificada por algumas teorias para explicar o absolutismo. Um dos pioneiros foi Nicolau Maquiavel (1469-1527), que em sua obra “O Príncipe”, ensinava o governante a conquistar o poder e mantê-lo. Maquiavel é discutido até hoje, e é considerado por alguns como imortal, porque para ele os fins justificam os meios, assim o governante para manter-se no poder pode e deve mentir matar, cometer outros crimes, fraudar, em suma pode qualquer coisa. O inglês Thomas Hobbes (1588-1679) buscou entender com e porque o estado se formou; ele acabou justificando o poder centralizado nas mãos de um só. Em seu livro “Leviatã”, ele argumenta que antes do surgimento do Estado, os homens embora livres, estavam em permanente estado de guerra, a isso Hobbes chamou de estado de Natureza. Para sobreviver os homens teriam feito um pacto (um acordo) através do qual um deles passaria a governar evitando a desordem e a matança indiscriminada entre eles. O poder do rei seria então resultado deste pacto. Com relação a Lei Hobbes considera que ela tem como fonte a vontade do rei. Ele chega ao ponto de excluir os costumes como fonte e a lei é o comando de uma pessoa cuja decisão constitui uma razão suficiente para obedecer-lhe. A teoria de Jaques Bossuet era a mais utilizada, segundo este, o rei é rei porque Deus quis e, se é da vontade Divina, não deve haver nenhum tipo de discussão acerca do assunto porque seria no mínimo, um pecado.
6- Luis VIV governou praticamente sozinho, ele dissolveu o Conselho de Estado e recrutou alguns ministros dentre os burgueses. Estimulo a desigualdade social, até mesmo em relação as vestimentas. Ex.: a seda era para os nobres; a casimira para os burgueses; a sarja ou algodão e o linho para os artesãos. No dia a dia o absolutismo do rei formava um verdadeiro Código Luis.
7- As prisões francesas da época viviam superlotadas, autores de quaisquer infrações, mesmo as sem gravidade. Estes deveriam ser julgados nos dias posteriores, entretanto muitas vezes ficando presos por longos períodos se julgamento. Isso porque o governador da prisão, arrendava seu ofício e recebia uma soma fixa por prisioneiros.
8- O iluminismo foi a reação contra o Absolutismo, com criticas ao estado centralizador. Alguns intelectuais da Europa reagiram ao Absolutismo Monárquico e a tudo que os acompanhavam. Esta reação teve o nome de Época das Luzes.
9- Este movimento teve por características uma confiança absoluta no progresso e, principalmente, na razão que desafiou em seu século a autoridade e incentivou o livre pensamento como meio de alcançar o objetivo principal dos iluministas, a felicidade humana.
10- Os astrônomos conseguiram nesta época determinar a distância da Terra, a forma de nosso planeta – Urano e novos satélites de Saturno.
11- Estes homens iluministas são herdeiros do Renascimento e principalmente da Revolução Científica do século XVII. O movimento foi conhecido com Ilustração e pode ser visto sob vários ângulos;
a- político – propunham uma política de cidadania centrada na liberdade e na defesa burguesa da propriedade.
b- Clássica – afirmando que para o individuo renunciar a certos direito em nome da vida social era uma criação artificial, através de um pacto social, um contrato.

12- A proposta de Montesquieu – Uma divisão em três poderes:
a- Legislativo – Faz as leis.
b- Executivo – Faz a paz ou a guerra – estabelece a segurança e previne as invasões
c- Judiciário – pune os crimes ou julga.

13- Segundo Montesquieu a liberdade individual e propriedade também com igualdade parcial. O trabalho era um bem e livre era quem podia escolher para quem trabalhar.
14- Rousseau defendia a democracia como realização do Contrato Social.
15- E Cesare Beccaria – Um idealista e realista que defendia o direito Penal e Individual. Ele escreveu “ Dos delitos e das Penas” soluções de práticas através da razão.

Novas oportunidades aos alunos de Ensino Médio

PROGRAMA BRASIL PROFISSIONALISADO

A Secretaria de Educação através da Superintendência de Ensino Médio, visando uma nova oportunidade de oferta de curso técnico de ensino profissional, participa efetivamente no ano de 2012 de um programa de financiamento, onde os alunos das escolas cadastradas para os cursos receberão ao término do mesmo, uma certificação de Ensino Médio integrado ao profissional, na modalidade de opção da escola.
Entre os cursos para inicio imediato, temos: Técnico em cozinha e serviço culinário, atuando na seleção e no preparo da matéria prima, e participando da elaboração e organização de pratos e cardápios; Técnico em Quimica, atuando no planejamento, coordenação e execução de processos montagem e instalação de laboratórios destinados às aulas práticas de análises laboratoriais, com normas técnicas e de biossegurança; Técnico em Modelagem, com aplicação de técnicas bidimensionais e tridimensionais para viabilizar a confecção de produtos do vestuário; Técnico em Informática, desenvolvendo programas de computadores, seguindo as especificações e paradigmas da lógica de programação e das linguagens. Além de outros cursos técnicos (Administração, Informática para internet, Segurando do trabalho, Secretariado...) cujo as escolas estarão neste ano de 2012, preparando os planos de curso, regimento e PPP, visando inicio em 2013.
Para tal ação a Superintendência de Ensino Médio tem como objetivo, projetar seus alunos (estimamos um número de 30 por turma, em cada escola participante) a ações que os insira ao mercado de trabalho e os tornem cidadãos aptos a competir, no mercado de trabalho, articulando o ideal e o real e possibilitando uma concreta educação.
Para orientar as instituições de ensino a tal ação, vincula-se ao suporte de sistemas, processos e métodos utilizados em análise diagnóstica e gestão, provendo apoio aos profissionais das diversas áreas do conhecimento, através desta Superintendência.
A montagem dos laboratórios devem incluir todos os requisitos de segurança. Para tanto, foi fundamental a elaboração de um projeto detalhado para que haja funcionalidade, eficiência, segurança e se minimizem futuras alterações. Assim, não podem ser desprezados itens como a topografia e dominialidade do terreno, orientação solar, ventos, segurança do edifício e do pessoal, bancadas, capelas, estufas, muflas, tipo de piso, materiais de revestimento das paredes, iluminação e ventilação do ambiente. Deve-se levar em consideração, ainda, a legislação referente aos portadores de necessidades especiais, conforme a LDB – Lei no 9.394, de 20-12-1996, capítulo V, artigos 58 a 60.
A construção desta proposta não é apenas uma obrigação legal a que a escola deve atender, mas uma conquista que revela o seu poder de organização, procurando cada vez mais ter autonomia em suas decisões, buscando cumprir de forma democrática, sua função social.

O Direito Inglês

Segundo Flávia Lage, até o século V a Inglaterra era de domínio romano, entretanto não houve ROMANIZAÇÃO, NÃO houve transformação local de maneira a absorver a cultura romana. Para eles os romanos eram apenas o exercito invasor.
Desta forma o Direito Romano pouco ou nada influenciou o direito dos povos que já habitavam a Bretanha. Os Anglos e Saxões, invadem a Bretanha, os Bretões formaram reinos sem unificação.
O Direito anglo-saxonico ou germânico na Bretanha, começa quando no final do séc.VI, a Inglaterra converte-se ao cristianismo, este Direito foi redigido em língua anglo-saxonica. Comportam 90 frases breves e 4 seculos mais tarde, são mais elaboradas e anunciam já a passagem da era tribal para a feudal. É um direito estritamente LOCAL, e não há direito comum a toda a Inglaterra antes da conquista Normanda.
Em 1066, vindo da Normandia (atual FRANÇA), um exercito liderado por Guilherme – O CONQUISTADOR, invadiu a Bretanha e, vencendo o herdeiro anglo-saxão do trono, Haroldo; Guilherme governou a Inglaterra de 1066 a 1087.
Com Guilherme, veio o FEUDALISMO, e as relações feudo-vassálicas. Da Normandia foram introduzidas e ampliadas por seus sucessores de forma vertical.
• A Inglaterra foi dividida em CONDADOS
• Havia um REI FEUDAL
• E XERIFES feudais
• SENHORES feudais
• COMERCIANTES
• CAMPONESES

Depois de Guilherme, o COMQUISTADOR, veio o HENRIQUE II e a Common Law. Em seguida assume o trono Ricardo CORAÇÃO DE LEÃO –homem de armas e não de administração, por isso as leis e o PÁRLAMENTO acabaram por ser fechados pelo rei Ricardo, por não aceitar a influência dos nobres.
O irmão de Ricardo era João SEM TERRA, filho que não foi beneficiado por herança. E este assumiu o trono quando Ricardo foi para as Cruzadas e morreu na guerra contra a França.
João SEM TERRA , aliado a uma POLITICA DESASTROSA, FEZ COM QUE a Inglaterra perdesse grande parte dos feudos que possuía na França, e também tornou suas relações com o papado bastante melindrosas, por não acatar a nomeação de um bispo. Ele criou impostos e aumentou os já existentes.
Como resposta os nobres e o clero reuniram-se e redigiram um documento intitulado MAGNA CHARTA LIBERTATUM, que foi outorgado em 1215, pelo próprio João, tinha como objetivo, MANTER O REI LONGE DA ÂNSIA DE ARRANCAR O PODER DOS NOBRES.
A Carta Libertatum, era um documento feudal que acabava por converter a Inglaterra em um todo, eliminando a fragmentação tão característica do feudalismo. Nele estava: HAVERÁ EM TODO O REINO UMA MESMA MEDIDA E UM SO PESO.
Vários são os artigos que estão na CARTA MAGNA, entre eles a idéia de HABEAS CORPUS = direito de ir e vir, NINGUÉM PODERÁ SER DETIDO, PRESO OU DESPOJADO DOS SEUS BENS, COSTUMES E LIBERDADES.
Este artigo também indicava a cristalização legalizada do sistema de julgamento por júri e existia na Inglaterra desde antes do reinado do pai de João Sem Terra. Havia um costume de perguntar aos nobres suas opiniões, era o INQUISITIO.
No tempo de Henrique, este documento inglês falava sobre proporcionalidade entre delito e pena, visando evitar que PENAS PECUNIÁRIAS (passivas de pagamento) acabem por falir o indivíduo e não permitam mais a sua subsistência. Haviam também:
• ASSIZE = demandas entre proprietários
• JURATA= o curso de julgamento com júri.

O Conselho dos Nobres, ou Conselho do Reino passou a ser chamado de PARLAMENTO e a partir de 1350 passou a ter as feições que tem até hoje.
Quando assumiu a Dinastia dos TUDOR, o rei HENRIQUE VII, fundou o ANGLICANISMO. Sua filha ELIZABETH I, conseguiu fazer chegar ao auge o absolutismo na Inglaterra, principalmente porque ela implantou uma POLITICA MERCANTILISTA BEM SUCEDIDA.
Apesar do Absolutismo dos Tudor, o PARLAMENTO continuava a ser convocado.
Com a morte de Elizabeth, foi entronado seu filho JAIME I, que iniciou um conflito com o parlamento (mais de 4 décadas de guerras). Ele se baseava e se defendia na idéia do DIREITO DIVINO. Acabou fechando o parlamento por 7 ANOS.
Com sua morte, assumiu Carlos I, seu filho, implementou ainda mais a política do pai. O PARLAMENTO então confeccionou um documento com vistas a lembrar o Rei de suas limitações. O resultado disso foi o fechamento o parlamento por mais 11ANOS.
11 anos depois o parlamento volta para ajudar CARLOS I na Revolta = REVOLUÇÃO PURITANA, quando ele impôs o Anglicanismo.
A Inglaterra torna-se Republicana com OLIVER CROMWER e com sua morte, assume CARLOS II. Neste reinado, volta-se a falar sobre o Habeas Corpus. Que protegia os que, acusados de algum delito, fossem privados de sua liberdade, exceto tratando-se de traição ou felonia (revolta de vassalos); ou se o próprio individuo tiver negligenciado, por dois períodos, em pedir a sua libertação; ou se afiançável, o individuo será solto durante a execução da providência.
Com a morte de Carlos II, os parlamentares tramaram a queda do rei (seu irmão Jaime II) e oferecera, o trono a GUILHERME DE ORANGE. Da seguinte forma: O REI REINA, MAS NÃO GOVERNA.
Ou seja, o rei não esta acima do parlamento, portanto ninguém esta, e não pode formar ou controlar o exército

domingo, 8 de abril de 2012

As flores

Gira Sol e outras flores
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.










Lenda da Flor-Papagaio



Na Tailândia, num encantado jardim...

Havia uma ave com alma de serafim!

Era um papagaio cheio de harmonia,

Que declamava poesias com alegria!



Um dia ele avistou uma flor...

E apaixonou-se com esplendor!

Mas, naquele lugar, bem ali...

Ele viu um sedutor colibri...



Beijando aquela flor amada...

Assim sua alma ficou enciumada!



Então ele tentou beijar a planta...

Mas esta flor ficou assustada...

Fechou suas pétalas com jeito de santa...

Pois temia levar uma bicada!



O papagaio falou de seu sentimento...

Para a mágica fada do vento!

Então ela pôs nas suas asas um pó com magia,

Que faria a flor se apaixonar com harmonia!



Porém ela disse que o feitiço era perigoso...

Pois havia um efeito colateral misterioso!

Mesmo assim o papagaio beijou a flor,

Que acolheu esta ave com esplendor!



Mas o corpo do papagaio congelou...

Quando seu espírito se calou!

Assim ele virou outra flor com primor...

Dentro daquela amada flor com calor!



Deste jeito nasceu a flor-papagaio...

No formato de uma cacatua,

Que brilha com a luz do raio,

Ou, sob a cintilante lua.






Beijo-flor
O beijo é flor no canteiro
ou desejo na boca ?
Tanto beijo nascendo e colhido
na calma do jardim
nenhum beijo beijado
(como beijar o beijo ?)
na boca das meninas
e é lá que eles estão
suspensos
invisíveis
Carlos Drummond de Andrade


Metade de mim é ninho.
A outra metade, passarinho.





O Pai se escreve sempre com P grande
em letras de respeito e tremor
se é Pai da gente. E Mãe, com M grande.

O Pai é imenso. A Mãe, pouco menor.
Com ela, sim, me entendo bem melhor:
Mãe é muito mais fácil de enganar.

(Razão, eu sei, de mais aberto amor.)


Neide Archanjo
"Para escrever um simples verso, é preciso passar muitas manhãs diante do mar, muitas tardes diante do
pôr-do-sol, muitas noites diante de quem amamos.
Tudo isso para escrever um simples verso".



OSHO
O amor é a única poesia que existe.
Todas as outras poesias são apenas um reflexo dele.
A poesia pode estar no som, pode estar na pedra, pode estar na arquitetura, mas basicamente esses são todos reflexos do amor, captados em diferentes veículos.

Mas a alma da poesia é o amor, e aqueles que vivem o amor são os poetas reais. Eles podem nunca escrever poemas, podem nunca compor uma música, podem nunca fazer algo que normalmente as pessoas consideram como arte.
Mas aqueles que vivem o amor, que amam completa e totalmente, esses são os poetas reais.



Falando de livros
O livro é a casa
onde se descansa
do mundo

O livro é a casa
do tempo
é a casa de tudo

Mar e rio
no mesmo fio
água doce e salgada

O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada

Roseana Murray



"Aprender é lembrar aquilo que você já sabe.
Fazer é mostrar que você o sabe.
Ensinar é mostrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.
Vocês são todos aprendizes, fazedores, professores.
Você ensina melhor o que mais precisa aprender."


Richard Bach

terça-feira, 3 de abril de 2012

A Cidade do Sol de Campanella ( divirtam-se)

O livro. “A cidade do Sol” é uma obra do Frei Tommaso Campanella, escrita no século XVII. A história do livro é narrada por dois personagens, que no início da leitura já é possível familiarizarmos com eles, sendo esses personagens: Um Almirante genovês e o Grão-mestre hospitaleiro. A dupla está a todo o momento conversando sobre a existência e funcionamento da Cidade do Sol, e assim entramos na imaginação e no diálogo entre o Grão-mestre e o Almirante, onde eles falam sobre a vida social de seus cidadãos, que é bem interessante e muito rica em detalhes.
Segundo a história, os cidadãos da cidade do Sol, dominavam muito bem a natureza e com esses conhecimentos, tinham uma medicina que proporcionava uma expectativa de vida entre os cidadãos de até 200 anos. Os mais velhos exercia mais prestígio liderança sobre os mais novos e o chefe supremo é semelhante a um sacerdote, que o Almirante prefere chamar-lo de metafísico, mas os habitantes da cidade o chamam de Hoh. O metafísico tem competência plena e dele é a última palavra sobre qualquer assunto. O metafísico é auxiliado por três príncipes,que são: Poder, que vela pela paz, pela guerra e pela arte militar; Sabedoria, responsável por tudo o que se refere à ciência, às artes liberais, mecânicas e a seus cultores; e Amo, que tem como função zelar pela geração, alimentação, vestuário, e também dirigir os mestres encarregados de atividades afins àquelas. O metafísico, por sua vez, é um sábio que completou o sétimo lustro, portanto conhece todas as artes e ciências. Essas informações e didáticas do conhecimento,onde os habitantes estudam , estão impressas ao longo das sete muralhas que formam os círculos concêntricos da cidade, para que todos, em especial as crianças, possam estudá-las.
Os habitantes da cidade possuíam tudo em comum, desde as vestes (brancas), suas casas, dormitórios, leitos e mulheres, e de seis em seis meses trocavam de lugar. Esse sistema é muito semelhante a teoria criada por Max, O comunismo”, o mais interessante que essa leitura é quase 300 anos antes de Max escrever sobre o comunismo e ser implantado na União Soviética. Já no livro, esse sistema de comunhão e igualdade entre os habitantes, pretendiam evitar sentimentos de propriedade, de herança, de amor próprio, origem dos males entre os humanos, em consequência do amor comum, pela comunidade.Outro fato interessante sobre a cidade é que o amor pela pátria, que era muito grande, visto que o amor à coisa pública aumenta, na proporção em que se renuncia ao interesse particular.
Os dirigentes da Cidade do Sol deveriam conhecer todas as ciências, aprofundando-se em algumas em particular, com exceção do metafísico, que deveria conhecer tudo. Todas as artes e ciências, representadas nas muralhas, eram apreciadas pelas crianças e seus professores, de modo que havia, na educação, uma interligação dos saberes. Quanto à amizade, esse era o sentimento que unia os cidadãos.
Sobre o comércio e o dinheiro, “A Cidade do Sol” desconhecia, e o trabalho era dividido igualmente entre homens e mulheres, sendo que cada pessoa exerceria a atividade para a qual fosse mais apta. As mulheres recebiam o mesmo treinamento militar que os homens, e todos praticavam exercícios constantemente, de modo a manterem a beleza. Os casais que gerariam filhos deveriam ter atributos físicos “complementares”, de modo que a criança fosse bela e saudável; aos deficientes físicos, de nascença ou não, porém, era garantido um trabalho conforme as suas possibilidades.
Concluindo sobre “A cidade do Sol”, é importante mencionar que além de semelhante aos moldes comunista de Max, como foi mencionado anteriormente, foi escrito em uma época conturbada, por crises e manifestações contrárias ao regime imposto pela igreja católica, que era basicamente dominada pelo aristotelismo, segundo uma das críticas de Campanella.
A forma com que a cidade era administrada, a união dos habitantes e toda essa estrutura, fazem uma menção de como deveria ser o mundo na época, segundo Frei Campanella, por isso ele escreve em uma linguagem utópica e filosófica, bastante comum naquele período. O mais interessante é que o livro ainda que sendo de séculos passados leva uma mensagem bastante atualizada e aceita na atualidade, que nos faz refletir como seria uma sociedade mais justa e fraterna, para isso, é só lançarmos na utopia da Cidade do Sol.

Adolescência - uma pequena parte dela

  Adolescência   Dos onze aos quatorze anos eu estudei no CCCM, fica ao lado da Igreja Coração de Maria, na Av. Paranaíba no Centro de Goi...