Missões ao Interior e interpretação do Brasil
MISSÕES AO INTERIOR E INTERPRETAÇÃO DO BRASIL
(Nísia
Trindade)
Missões, foram viagens de Toquevile à Inglaterra e aos
EUA, fazendo uma análise sobre a transição da aristocracia para uma ordem
democrática. E a exemplo de suas missões, Nisia Trindade analisou e argumentou
atitudes analítica que passam para atitudes estéticas no Brasil à época da
República.
O tema deste capítulo mostra a importância das viagens realizadas nas
primeiras décadas da república na construção de interpretações sobre o Brasil referidas
a noções como território e contrates entre o
sertão e o litoral. As viagens são destacadas como fundamento importante
de legitimação de idéias e praticas sociais.
Inicialmente, procuro discutir os vários significados
atribuídos à palavra sertão, enfatizando aquele que me parece ser o mais
corrente entre os intelectuais cientistas do século XX.
O
termo usado por Nisia Trindade foi “missão civilizatória” da República,
englobando as viagens científicas, expedições militares e incursões ao
interior, que associaram a consecução de objetivos estratégicos como a
construção de linhas telegráficas e troncos ferroviários, a ações de profilaxia
e de conhecimento científico. Vieram engenheiros, cientistas do Instituto
Osvaldo cruz e militares.
Se
para Aurélio Buarque de Holanda, sertão é (Região agreste, distante das
povoações ou das terras cultivadas; ou terreno coberto de mato, longe do
litoral; ou ainda, interior pouco povoado). No século XVI e XVII, Maria Elisa
S. Mader observa que seu sentido transcendia o de uma delimitação espacial
precisa. Discutindo o imaginário sobre sertão, elaborado por viajantes,
missionários e cronistas, reportando-se a Sérgio Buarque de Holanda, uma
colonização de mercadores voltados para o mar
em que faltava o traçado meticuloso e planejado do colonizador.
Mais
do que em oposição a litoral é em contraste com a idéia de região colonial que
o imaginário sobre sertão se constitui, o espaço preenchido pelo colonizador
estabelecia duas instâncias de poder: a Igreja e o estado.
Enquanto
o espaço colonial era estabelecido pela Ordem do estado e da igreja, o sertão
era terra de ninguém, lugar de inversão de valores, de barbárie, e incultura,
conforme disse Euclides da cunha em OS SERTÕES.
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