O que é religião?
O
QUE É RELIGIÃO?
Segundo
João Luis correia Junior – de Robert Crawford
(tradução de Gentil Avelino Titton), tem havido atualmente um maior
interesse pelas diversas formas com que a religião se manifesta nesta sociedade
plural, em que vivemos, fomentando o respeito e a simpatia para com pessoas que
diferem em crenças.
Portanto
este livro vem dissipar a idéia conflitante entre ciências e religião, além de
refletir sobre 2 sistemas de crenças
influentes: o marxismo e o humanismo,
que apresentam alternativas
àquelas religiões que exigem dedicação e compromisso e oferecem às pessoas
soluções para o sofrimento, a injustiça e a ignorância.
No
1º capitulo Robert Crawford problematiza o título, com a pergunta “é possível
definir religião?” E para responder, são apresentados algumas definições; mas a
questão fica aberta pois segundo Crawford, a essência do fenômeno religioso não
aparece somente na compreensão dos seus efeitos na sociedade: “religião pode
significar: ligar um adorador à divindade através da observância de cerimônias
cúlticas e atos de devoção”.
No
2º capitulo, aparecem diversos métodos de estudo da religião, por meio das
abordagens históricas, teológicas, filosóficas, psicológicas, sociológicas,
fenomenológicas e feministas. Donde se conclui que nenhuma abordagem sozinha
fornece uma visão completa da religião e de suas características. Mas todas
devem ser levadas em consideração.
Nos
capítulos de 3 a 8, o autor examina temas pertinentes a todas as religiões: os
rituais, as escrituras, comportamentos, a mulher, a libertação e as divisões
internas nas religiões. O autor possibilita comparar e contrapor os vários
temas, ficando mais fácil detectar semelhanças entre as tradições religiosas
estudadas, podendo se perceber qual a posição de 2 ou 3 religiões em relação a
ele.
As
diferentes temáticas são analisadas a partir de seis religiões que surgiram e
estão presentes nos dias atuais, inclusive com forte influência cultural em
vários continentes: as religiões semíticas
(judaísmo, cristianismo e islamismo) e as indianas
(hinduísmo, budismo e sikhismo).
Nos
capítulos 9 a 15 são abordados questões que tocam a temática: por que as
religiões não conseguem unir-se? No capitulo 9 – trabalha a questão
(confessando um assassinato) e no 10 (o mundo foi planejado?) o 11- o que
somos?; 12 – mente e cérebro; 13 – outros sistemas de crenças; 14 – a
existência de Deus.
No
capitulo 16, volta-se a questão inicial sobre a definição de religião, para em
seguida, levantar-se algumas conjecturas sobre o “futuro das religiões” no cap.
17.
Resumidamente:
O autor se debruça sobre o tema dos rituais, para estudar o que esta sendo
venerado. E faz a partir das seis religiões já citadas. Ele observa que a
maioria das religiões tem lugares e espaços sagrados, voltados especificamente
para o culto, mas afirmam que Deus está presente em todo lugar, e na maneira de
viver, não fazem separação entre sagrado e profano.
Observa
a importância das escrituras Sagradas para a religião – como base para o culto,
a doutrina e a tradição. O que importa não é o cumprimento de normas ou
mandamentos, mas a condição interior do coração. Nas religiões semíticas o judaísmo considera os textos da Torá como
Lei Santa, segundo as interpretações do Talmude. O cristianismo reconhece as
escrituras judaicas (Torá, os Nibiim) profetas e os Ketubim – Escritos
históricos e sapiências, interpretando os segundo ensinamentos de Jesus, aceito
como o Messias prometido, cujas palavras e ações, escritas como evangelho,
seria, “a boa noticia” do Reino de Deus. O islamismo venera o alcorão como
palavra de Deus Alá, revelada em
Maomé, são ’14 capitulos ou suras, que tratam da sabedoria e da doutrina, do
conhecimento e do culto. Seu tema principal é a relação entre deus e seus
fiéis.
Nas religiões Indianas não
há um único Cânon (lista oficial), mas variados textos escritos ao longo de
milhares de anos.
O
autor vem trabalhando também o comportamento e formas de comportamento, e
influencias de seus adeptos, em prol do bem comum.
Conclama
o povo a ser santo como Deus (Lv.19,2). A boa conduta é mais importante que o
ritual.Deixemos de fazer o mal e aprendamos a fazer o bem.
O
cristianismo chama seus adeptos a ir além da lei: são chamados a receber o
Espirito de Deus, do qual vem as virtudes éticas de amor, alegria, paz,
paciência, benevolência...
Já
o islamismo considera o jejum para o muçulmano poder compartilhar o sofrimento
dos menos afortunados,a caridade é a expressão para com as pessoas
necessitadas.
Das
religiões Indianas, o
Hinduísmo
é o que mais se aproxima de religião. Seu objetivo é obter firmeza, perdão,
caridade, pureza, honestidade, controle, fidelidade e libertação da angustia. A
atenção maior é conduta e não na crença.
O
budismo defende que o eu é ilusório e deve ser substituído pelo amor e a
benevolência.
O
cap. Seis é voltado para a situação da mulher nas religiões. O autor conclui
afirmando a importância da mulher nas religiões – o papel da mãe na formação
dos filhos. Mas Crawford ressalta que embora as religiões idealizem a mulher,
os homens suspeitam da sexualidade delas e temem que possam escapar ao controle
e que apesar do protesto feminino,o patriarcado tem predominado.
Prosseguindo,
vem sendo trabalhado a libertação – todas as religiões reconhecem ter algo de
errado com o ser humano e oferecem propostas a salvação e libertar-se da
ignorância – melhorar a vida aqui e chegar ao paraíso ou nirvana (plenificação
em Deus dos que chegam a iluminação).
O
autor vem fazendo uma retrospectiva para divisão da religiões, no cap. 8 e no 9
fala do porque as religiões não conseguem unir-se.
Há
uma dificuldade de relacionamento. Já que apontam um mesmo Deus. A desunião
nasce pela diversidade das crenças e falta de diálogo.
Do
10 ao 13, vem mostrando o impacto da ciências sobre a religião, e a conseqüência
disso. O conhecimento científico substituindo a religião quando se trata de
compreender a origem e evolução da raça humana.
O
que somos e o que podemos nos tornar. É
proposto um debate entre mente e cérebro. O autor conclui que o ser humano pode ser um pouco inferior aos anjos, mas
possui razão e criatividade, busca
sentido na vida, tem capacidade de fazer escolhas morais e é responsável diante
de Deus. O valor do amor opõe-se ao mundo da sobrevivência dos mais fortes.
As
religiões não negam que procedemos do pó da terra e que a evolução poderia ser
a maneira encontrada pelo criador, para criar a humanidade, mas apontar para o
imago (margem) de Deus que todos possuímos. Não há prova de que é assim mas é
uma perspectiva que não pode ser menosprezada quando considerarmos o que somos
e o que podemos vir a ser.
No
14 – Outros sistemas de crença – no sec. X desenvolveram alguns movimentos: cientologia, consciência de krishua,
meninos de Deus, Povo de Jesus, Missão da Luz Divina, Meditação, transcedental
e Igreja da Unificação. Nesses movimentos há uma rtendência ao panteísmo e
ao politeísmo; alguns cultos caem sob a denominação de Nova era e trabalgam com mitos, xamanismo mensagens do além,
cristais etc. São vgetarianos, considerados a terra como um ser vivo pessoal.
Acreditam no sobrenatural, em alienígenas e no fim do mundo.
15
– trabalha a existência de Deus – debate entre os que crêem e os que não crêem.
Finalisando
16 e 17, haverá um retorno ao cap. 1. Concentram-se no aspecto funcional da
religião.
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